Pesquisa feita pelo Global Innovation Index, em 2020, mostra o Brasil no 14° lugar em produções científicas e em 66° em inovação. Para o biólogo Bruno Brasil, secretário de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, mudar essa classificação é um dos grandes desafios do país. A superação dessa realidade, contudo, não depende apenas da evolução da tecnologia agrícola, mas passa pela melhoria da infraestrutura no campo.
“É um cenário que a gente observa há mais de uma década, que dificulta traduzir a produção científica em bem-estar socioeconômico para a população brasileira. Isso só se traduz por meio da inovação, que é a introdução do conhecimento, da tecnologia no ambiente produtivo e social”, explicou o biólogo em entrevista ao CB.Agro, programa feito em parceria pelo Correio e pela TV Brasília.
Bruno ressaltou que o agronegócio é um caso de sucesso em termos de inovação, pois, nas últimas décadas, o país deixou de ser um importador de alimentos para ser um dos maiores exportadores do mundo, o que só foi possível devido à incorporação da ciência e da tecnologia no campo. No entanto, a maior parte do salto tecnológico e de produtividade no campo ocorreu entre grandes produtores, permanecendo o desafio de disseminar o conhecimento e a prática tecnológica entre os pequenos.
“Para levarmos tecnologia ao pequeno produtor rural, para que ele consiga competir no mercado, são necessárias políticas públicas de incentivo, à transferência de conhecimento. Incentivo ao cooperativismo, ao associativismo, que aí ele ganha escala e consegue melhorar o poder de barganha”, esclareceu.
* Estagiária sob a supervisão de Odail Figueiredo
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