PANDEMIA

Campos Neto diz que casos de covid-19 têm queda significativa no mundo

Para o presidente do Banco Central, desenvolvimento econômico do país depende das reformas

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chamou a atenção para o avanço da imunização da população contra a pandemia causada pelo coronavírus e para a necessidade do andamento das reformas no Congresso para que o país cresça e mantenha a inflação em níveis adequados. Durante evento on-line do Observatory Group, nesta terça-feira (9/2), Campos Neto afirmou que os novos casos de contaminação e mortes pela covid no mundo começam a registrar queda bastante significativa com o avanço da vacinação.

No Brasil, destacou, estão sendo administradas aproximadamente 250 mil vacinas por dia, totalizando cerca de 3,6 milhões de pessoas vacinadas, o que corresponde a 1,7% da população — principalmente entre o grupo de idosos. “Houve otimismo com o anúncio dos resultados da Pfizer”, disse. Com isso, a recuperação econômica pode tomar força, especialmente nos mercados emergentes, que foram os mais afetados, reforçou. Em 2020, a expectativa para o Brasil era de tombo de 4,3%. Já em 2021, a previsão do mercado passou a ser de avanço de 3,47%.

Reformas

Ele lembrou que a pandemia desacelerou o setor de serviço e provocou a alta da inflação global no setor de alimentos. Mas já se percebe que os mercados começam a reduzir suas expectativas de avanço do custo de vida e a apontar a volta do desenvolvimento, porque os agentes perceberam que muitos dos fatores que influenciam a inflação são temporários. A mediana das expectativas, destacou, já é de 3,60%, em 2021, baixando para 3,49%, em 2022, e recuando ainda mais em 2023, para 3,25%, ao ano para a inflação medida pelo IPCA.

Mas o apetite para risco ou o retorno de investimentos ocorrem de formas diferentes entre os emergentes. “E veio menor do que esperávamos no país. Mas no início da pandemia, é importante lembrar, as expectativas eram de queda superior a 9% do PIB”, disse Campos Neto. A melhora no olhar dos investidores, ressaltou, também se deve às agendas de reformas no Congresso Nacional. “A agenda de reformas está andando. Temos defendido que o equilíbrio fiscal e o retorno dos investimentos dependem do equilíbrio político”, disse o presidente do BC.

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