No mês de fevereiro de 2021, a balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 1,152 bilhão. A corrente de comércio também ficou no azul em US$ 31,213 bilhões, resultado das exportações, que somaram US$ 16,183 bilhões, e das importações, de US$ 15,03 bilhões. Esse foi o pior resultado para o mês desde 2015, quando a balança comercial registrou deficit de US$ 2,847 bilhões. No entanto, ficou acima das expectativas do mercado, que apontava para saldo positivo de US$ 900 milhões para o mês.
No ano, as exportações totalizam US$ 30,99 bilhões e as importações, US$ 30,964 bilhões, com saldo positivo de US$ 27 milhões e corrente de comércio de US$ 61,954 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia. Para o governo, o movimento de alta já era esperado, segundo Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, do Ministério da Economia.
E mesmo diante da nova onda de contaminação da covid-19, Brandão prevê resultado positivo de US$ 5 bilhões, tanto nas importações, quanto nas exportações. “Depende da reação econômica no mundo inteiro. Há incertezas. Mas a balança comercial brasileira vem se mantendo estável. Por outro lado, as exportações brasileiras são muito necessárias, principalmente de alimentos. Com as informações que temos até agora, as expectativas estão mantidas”, afirmou.
Pelas estatísticas, nas exportações, comparadas as médias do mês de fevereiro de 2021 (US$ 899,04 milhões) com a de fevereiro do ano passado (US$ 865,69 milhões), houve crescimento de 3,9% . Em relação às importações houve crescimento de 13,4% na comparação entre as médias do mês de fevereiro de 2021 (US$ 835,02 milhões) com a do mês de fevereiro de 2020 (US$ 736,52 milhões).
“Assim, no mês de fevereiro de 2021, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 1.734,06 milhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 64,02 milhões. Comparando-se este período com a média de fevereiro de 2020, houve crescimento de 8,2% na corrente de comércio”, informou.
Destaques
Para Herlon Brandão, alguns pontos foram importantes para definir os números da balança comercial. Entre eles, as exportações agropecuárias, que caíram 10,8% na comparação entre fevereiro de 2021 e o mesmo mês de 2020, puxadas pela queda de 33,8% na venda da soja. “Temos uma safra tardia este ano que faz com que os embarques ocorram mais para frente, com maior volume previsto a partir de março”, disse.
Ele também destacou que as vendas da indústria extrativa cresceram 13,8%, ao mesmo tempo em que as exportações da indústria de transformação aumentaram 3,5%. O principal destaque desse item foi o minério de ferro, com aumento de 94,7%. Na indústria de transformação, a liderança ficou com açúcares e melaços (58%), farelos de soja e outros alimentos para animais (77%) e ouro (79,6%).
Pelo lado das importações, Herlon Brandão apontou o aumento de 14,9% na compra de produtos agropecuários e de 12,4% nas compras de produtos da indústria de transformação. As importações da indústria extrativa, por sua vez, caíram 1,4%.
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