A Petrobras já elevou o preço da gasolina em 41,2% nas refinarias desde o início do ano. O diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) tiveram alta de 33,12% e 17,09%. Após o quinto reajuste de 2021, anunciado na segunda-feira (1/3) e que passa a valer a partir desta terça (2), as queixas dos consumidores são gerais em relação aos preços dos combustíveis.
A alta dos preços dos combustíveis está ocorrendo em meio à valorização do barril de petróleo no mercado internacional desde janeiro de 2021. Assim, o preço dos combustíveis é liberado na bomba, ou na revenda, no caso do gás de cozinha. No entanto, grande parte do que o consumidor desembolsa reflete no preço cobrado pela Petrobras na refinaria. Como num efeito cascata, alterações nos preços da estatal, que seguem a cotação internacional e o câmbio, refletem-se nos demais componentes do preço até chegar ao preço final.
Aplicativos
Os preços começaram a refletir na vida financeira de vários cidadãos que precisam se deslocar. O consultor de vendas, Lucas Silva, 23 anos, mora em Brasília e afirma que essa alta dos preços está prejudicando sua renda. “Estamos pagando mais caro no litro e rodando menos km. O jeito para tentar burlar isso é procurando preços mais em conta nos aplicativos, pois a média de preços dos combustíveis é de R$ 5,20”, afirma.
O auxiliar de serviços gerais, Gabriel Teodoro, 32 anos, também reclama dos preços da gasolina. “Os preços estão muito altos ao ponto de o transporte público estar sendo uma opção melhor. Ou Uber, em que uma viagem tem saído mais em conta que colocar gasolina em algumas ocasiões”, declara. Para a secretária executiva Mariana Fontele, de 42 anos, o aumento é um absurdo. “Praticamente não estamos conseguindo usar o carro, estamos totalmente privados por conta desses aumentos”, reclama.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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