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Para garantir água no campo

Pedro Ícaro*
postado em 17/04/2021 00:10
 (crédito: LUIS TAJES                          )
(crédito: LUIS TAJES )

Fundamentais para a agricultura desde tempos imemoriais, as variações climáticas se tornaram fator crítico no século 21, marcado por diversos perigos ambientais. Para o pesquisador Carlos Pacheco, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a cadeia produtiva nacional precisa considerar com seriedade os recados emitidos pela natureza.

“Vários trabalhos têm apontado para o território brasileiro um aumento generalizado da temperatura média em todas as regiões, em todas as épocas do ano. Com relação à disponibilidade de água, a precipitação deve ser concentrada durante o verão em todas as regiões brasileiras, e deve se observar uma redução muito expressiva dessa ocorrência de chuvas em outras épocas do ano, sobretudo no inverno e na primavera”, disse Carlos Pacheco, em entrevista ao programa CB. Agro, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília.

Pacheco observa que, em caso de escassez de água, a Política Nacional de Recursos Hídricos prevê como prioridade o consumo humano e a dessedentação (procedimento para saciar a sede) de animais. A agricultura, atividade econômica com maior consumo de água, deve se preparar para uma possível falta do recurso hídrico no futuro e procurar alternativas para economizar no uso do bem, defende o pesquisador da Embrapa.

“Trabalhamos no sentido de buscar sistemas de produção que consomem menos água. Por exemplo, sistemas de irrigação, como gotejamento, que reduzem a necessidade de água para produção de alimentos; o cultivo em ambiente protegido por meio de hidroponia, com potencial de reduzir em 90% a quantidade de água utilizada”, explicou Pacheco.

Segundo ele, a Embrapa desenvolve um projeto que busca estabelecer um parâmetro de segurança na reutilização de água residual para irrigação de produtos consumidos crus, como algumas hortaliças. Como esses itens são basicamente provenientes da agricultura familiar, o projeto será realizado principalmente com pequenos agricultores. “A ideia desse trabalho é justamente definir em qual nível a presença de microrganismos garante uma produção segura do alimento ao final do processo. Definimos também qual o nível de contaminação possível e também qual o nível de tratamento do esgoto necessário para que esse valor de segurança seja atingido”, detalhou o especialista da Embrapa.

O Brasil concentra cerca de 12% da água doce disponível no mundo. Essa quantidade de recursos hídricos contribui para uma falsa sensação de abundância e, por conseguinte, uma cultura de desperdício. Porém, alerta Pacheco, muitas regiões não têm acesso a saneamento básico, e milhões de brasileiros sofrem com a escassez de água. “A distribuição de água no território brasileiro é muito desigual. Se observarmos a distribuição dos recursos hídricos no Brasil, 80% estão concentrados na região amazônica, que abriga 20% da população brasileira; enquanto os outros 20% estão distribuídos pelo restante do país, que abriga 80% da população”, comparou Pacheco.

*Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza


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 (crédito: sadfs)
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O estudo do Berkeley Institute considerou dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) e consulta às contas públicas dos jornais no Instagram. Os resultados tiveram como base o ranking dos 10 jornais impressos com maior circulação verificada do país.

Em primeiro lugar, ficou o jornal O Povo, de Fortaleza, com um índice de 154. O veículo contabiliza 1,3 milhão de seguidores na rede social. Após o Correio, em terceiro lugar, vem a Folha de S.Paulo, com um índice de 7,3 e um total de 2,4 milhões de seguidores na rede. Na sequência do ranking elaborado pelo Berkley Institute, aparecem os veículos O Estado de S. Paulo, O Globo, A Tarde, Zero Hora, Estado de Minas e Valor Econômico e Super Notícias.

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