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No último dia 15, a Lei nº 13.989/2020, que autoriza o uso da telemedicina enquanto durar a pandemia de covid-19 no país, completou um ano e o uso dessa ferramenta é crescente entre os profissionais da área médica. Para avaliar o desempenho do impacto dessa regra na vida das pessoas, o Correio realizará, na próxima terça-feira, o evento virtual “Papo de especialista” com o tema “Telesaúde: Inovação para democratizar o acesso à saúde”.
A convidada do programa, que será transmitido a partir das 15h pelas redes sociais e no site do Correio, é Vera Valente, diretora -executiva da FenaSaúde. Segundo dados da entidade, mais de 80% dos pacientes tiveram suas necessidades atendidas de forma remota.
Muitos profissionais aderiram a esse método assim que a Lei da Telemedicina foi sancionada, principalmente, como medida de segurança contra a covid-19, de acordo com a doutora Mariane Parreiras Tarabal, médica de família e comunidade de Belo Horizonte. “Comecei a fazer atendimento on-line em 2020, no começo da pandemia. Atualmente, a maior parte dos meus atendimentos é por telemedicina, já que preferi me manter afastada de ambientes contaminados em função da covid-19”, diz.
Além disso, a doutora completa explicando como funciona essa nova modalidade de consultas e os benefícios intrínsecos no método. “A telemedicina permite conhecer o paciente em seu contexto social. É possível ver detalhes do ambiente onde o paciente vive e até conhecer mais membros de sua família. Essa visão é muito válida na atenção primária em saúde e muitas vezes é perdida no atendimento presencial. Por outro lado, o exame físico do paciente é mais limitado por telemedicina e, em alguns casos, o paciente precisa ser encaminhado para um atendimento presencial em função disso”, acrescenta.
Futuro
Conforme a Lei da Telemedicina, é permitido o uso da telemedicina enquanto durar a crise da covid-19. Porém, o método já existia e se espera que se prolongue mesmo após a pandemia. Segundo o doutor Bernardo Parreiras Guimarães Tarabal, médico cirurgião cardiovascular e clínico de Belo Horizonte (MG), em países desenvolvidos, já existe um debate para aperfeiçoar ainda mais essa técnica. “O teleatendimento já existia antes da pandemia, foi impulsionado pela covid-19 e permanecerá após esse período específico. Complementar ao modo clássico de fazer medicina, a telemedicina contribui e contribuirá ainda mais para a melhora da saúde no mundo em vários aspectos pós-pandemia”, explica.
“O futuro dessa modalidade vai depender muito da regulamentação do Conselho Federal de Medicina”, disse ao Correio o deputado Dr. Zacharias Calil (DEM-GO), um dos autores do projeto que resultou na Lei da Telemedicina.
Papo com Especialista
Telessaúde: inovação para democratizar o acesso à saúde
Terça-feira, 27 de abril, às 15h
No site e redes sociais do Correio
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*Estagiários sob supervisão de Rosana Hessel
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