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Amauri Segalla
postado em 25/04/2021 19:51
 (crédito: Javier Soriano/AFP - 10/4/21)
(crédito: Javier Soriano/AFP - 10/4/21)

BR do Mar deveria ser tratada como prioridade

Uma das prioridades do Ministério da Economia para 2021 é a aprovação da BR do Mar, medida de estímulo ao transporte por cabotagem. O projeto, que foi aprovado na Câmara e agora aguarda apreciação do Senado, abrirá a navegação marítima para navios estrangeiros. Além disso, flexibiliza as regras para a navegação entre os portos, fomenta a concorrência e tem potencial para atrair novo fluxo de investimentos ao país. Segundo projeções do Ministério da Economia, a iniciativa aumentaria, até 2022, em 65% o volume de contêineres transportados por ano e levaria ao crescimento de 30% da navegação de cabotagem. Trata-se, portanto, de uma proposta relevante para eliminar alguns dos nós que emperram o ambiente de negócios brasileiro. A má notícia é que a medida não deverá mais tramitar em regime de urgência do Senado, conforme o previsto. É mais uma oportunidade que o Brasil corre o risco de deixar passar.


Superliga queria limitar salários dos jogadores

A Superliga da Europa, torneio que seria formado apenas pelos clubes mais ricos do continente, fracassou merecidamente, mas uma de suas ideias deveria ser adotada por clubes do mundo inteiro: o limite de ganhos para os jogadores. A proposta dos organizadores obrigava os times a comprometer no máximo 55% de suas receitas com os salários dos atletas. Atualmente, os grandes europeus desembolsam entre 70% e 80% do faturamento para bancar esses custos. No Brasil, o percentual também é alto.


Mais da metade dos brasileiros está com o nome sujo

O dado é espantoso e expõe uma face cruel da crise. Segundo o Serasa, mais da metade da população adulta do país (57,4%) está com o nome sujo na praça. O percentual é recorde e mostra que o Brasil terá uma longo caminho pela frente até superar os efeitos perversos da pandemia. Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná são os estados como o maior número de brasileiros negativados. Atualmente, o percentual de empréstimos em atraso está em 2,3% do volume total.


Vendas de livros crescem 25% no primeiro trimestre

Os brasileiros não querem saber apenas de videogame e streaming, os campeões da preferência popular durante a pandemia. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), as vendas no primeiro trimestre aumentaram 25% em relação ao mesmo período de 2020. "O brasileiro está lendo mais", diz Marcos da Veiga, presidente da entidade. O grosso dos resultados veio dos negócios on-line, o que reforça as inúmeras oportunidades que a expansão do e-commerce traz para o setor livreiro.


"Será possível lucrar se os consumidores mundiais perceberem que o Brasil está associado à preservação da floresta. Isso vai elevar o valor de nossos produtos"
Gesner Oliveira, economista


65%
dos empresários da América Latina acham que não estão preparados para atender às novas demandas dos clientes no pós-pandemia. A pesquisa é da consultoria EY, que entrevistou executivos de sete países, inclusive do Brasil


Rapidinhas
A interrupção dos eventos presenciais durante a crise do coronavírus obrigou as empresas do ramo a se reinventarem. É o caso da agência Mostarda, que se reposicionou e agora foca nos eventos digitais. Nos últimos 12 meses, a agência criou atividades on-line para companhias como Ipiranga, Marsh e Icatu, alcançando 20 mil pessoas em 17 países.
O setor de eventos é vital para a economia. Ele responde por 4% do PIB e gera renda para 6 milhões de brasileiros. Agora, as empresas do segmento aguardam a sanção do PL 5.638/2020, que garante os recursos necessários para a retomada das atividades. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
O crescimento expressivo do mercado imobiliário em 2020 e as boas perspectivas para 2021 impulsionam empresas ligadas ao setor. A consultoria Top Brokers diz que seu tamanho aumentou quatro vezes na pandemia. "Nos últimos meses, percebi uma busca crescente por companhias que precisam aumentar a velocidade das vendas", diz o sócio Wagner Bonato.
A retomada das atividades econômicas aumentou a demanda por aço. Em março, o consumo do produto saltou 50,1% no Brasil em relação ao mesmo mês do ano passado. Não é um fenômeno isolado. No primeiro trimestre, as vendas de produtos siderúrgicos cresceram 33% diante do mesmo período de 2020.

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