Infraestrutura

Abastecimento de gasolina deve ser normalizado no sábado, prevê Petrobras

Sindicato alerta para risco de desabastecimento, em razão de problemas no duto administrado pela Transpetro. Situação deve se normalizar somente no dia 24

O brasiliense corre o risco de ficar sem gasolina nos próximos dias. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) alertou sobre desabastecimento nos postos de gasolina da capital da República. Segundo informou o sindicato, as distribuidoras de combustíveis passam por um período de adequação para entrega de gasolina aos postos em todo o Distrito Federal. “Na segunda-feira, alguns postos tiveram pane seca. O problema vem desde a semana passada. Corremos realmente riscos sérios de ficarmos sem gasolina no Distrito Federal”, disse o presidente do Sindcombustíveis DF, Paulo Tavares.

Segundo Tavares, a Petrobras e a Transpetro — subsidiária responsável pelo duto de combustível que abastece o DF — informaram que o problema seria resolvido no último sábado. Mas o desabastecimento permanece. Ainda de acordo com a Sindcombustíveis DF, os postos de gasolina estão recebendo quotas mínimas de até 2 mil litros por dia, o que corresponde a 1/3 da venda diária.

Ontem, a Petrobras deu explicações adicionais ao Correio. “Em virtude de eventos de derivação clandestina ocorridos ao longo de abril no poliduto que atende Brasília, ocorreram atrasos pontuais nas entregas de gasolina. O próximo lote via poliduto tem chegada prevista para o dia 24 de abril e a situação será normalizada nesta data”, informou a estatal.

O risco de ficar sem combustível preocupa o estudante de arquitetura Caio Souza, 21 anos. Morador de Valparaíso de Goiás , ele depende do automóvel diariamente para ir ao trabalho em Brasília. “Nesta época de pandemia, fica muito difícil o consumidor usar ônibus. Tem dias que é impossível, ainda mais porque dependo do meu automóvel para fazer minhas obrigações. Essa falta dos combustíveis vai afetar em tudo nossas vidas, sobretudo no meu caso, no trabalho e nos meus estudos”, teme.

João Gabriel, 21, estudante de Direito e também morador na cidade de Valparaíso de Goiás, também está apreensivo. “É uma situação alarmante. Observo um descontentamento crescente dos caminhoneiros com o preço do diesel, que pode ser uma das causas que agravam a situação. Eu, como consumidor, posso ser diretamente afetado, pois corro o risco de poder ficar sem ir trabalhar”, cita.

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza