Mercado S/A

Amauri Segalla
postado em 04/05/2021 00:42 / atualizado em 04/05/2021 00:43
 (crédito: José Cruz/Agência Brasil - 11/7/19)
(crédito: José Cruz/Agência Brasil - 11/7/19)

"Nunca vi tanto ódio, tanto desejo de aniquilar o oponente. Não é assim que se faz. Não é assim que um país resolve os seus problemas".


Brasil gasta energia demais com política

O principal acionista de uma das maiores indústrias do país diz que, pela primeira vez em 40 anos, cansou da vida política brasileira. “Sempre participei ativamente dos debates, convivi com presidentes, governadores e as pessoas mais influentes de Brasília”, diz. “Nunca vi tanto ódio, tanto desejo de aniquilar o oponente. Não é assim que se faz. Não é assim que um país resolve os seus problemas.” O empresário, que pede para não ser identificado, afirma que o país gasta energia demais com o jogo político, deixando de lado as questões realmente essenciais, como crescimento econômico, saúde e educação. “Não se faz nada no Brasil sem pensar na próxima eleição. É tudo um jogo de cena para ludibriar o eleitor e ganhar o seu voto.” Ele cita a indecente politização da pandemia, que acabou por atrapalhar o combate ao vírus. “O cara faz uma escolha pensando nos impactos dela na campanha de 2022, e não está nem aí se é certa ou errada.”


3,3
milhões de empregos
deverão ser gerados no mundo até 2025 por projetos ligados à área de energia eólica, segundo dados da associação GWEC. No Brasil, o setor emprega 260 mil pessoas.


Indústria automotiva coloca o pé no freio

Os temores da Anfavea sobre a queda de vendas de veículos em abril acabaram se confirmando. Segundo dados da Autoinforme, foram emplacados no mês passado 163,9 mil automóveis e comerciais leves, o que representa um recuo de 7,5% na comparação com março. É fácil entender os motivos do declínio: o agravamento da crise do coronavírus diminuiu a confiança do consumidor. Inseguro, ele desiste de comprar bens de valo elevado,
como é o caso do automóvel.


Balança comercial quebra recorde

Um alento em meio ao mar de indicadores negativos: a balança comercial teve saldo positivo de US$ 10,3 bilhões em abril, o que corresponde a um salto de 67,9% diante do mês anterior. De acordo com o Ministério da Economia, trata-se do melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989. O bom desempenho deve-se, como sempre, ao agronegócio. Em abril, as exportações de milho não moído disparam 634%. O algodão também teve ótimo desempenho, com alta de 112% das vendas internacionais.

 

Twitter ameaça Clubhouse

A rede social Clubhouse terá um concorrente com poder de fogo para ameaçar o seu futuro. Desde ontem, o Twitter permite que usuários com 600 ou mais seguidores criem salas de áudio ao vivo — é exatamente o que a Clubhouse oferece. Chamado de Spaces, o serviço do Twitter estava até então restrito a um número pequeno de contas. A rede tem planos ambiciosos. Uma das ideias é cobrar ingresso para quem quiser participar do Spaces, o que poderá abrir uma poderosa frente de negócios para a empresa.

 

Rapidinhas

Mais um serviço que explodiu na pandemia e que deverá continuar em alta quando a crise passar: a assinatura eletrônica de documentos. Líder global desse mercado, a americana DocuSign teve em 2020 o melhor ano de sua história (ela foi fundada em 2003). Desde 2016, suas receitas triplicaram e a empresa espera dobrar de tamanho
até o fim de 2022.

Os idosos são vitais para a economia. Segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil, em parceria com o instituto Offer Wise, 91% dos brasileiros com mais de 60 anos contribuem financeiramente para o sustento do lar e 52% são os
principais responsáveis.

Eis aqui a realidade para quem se recusa a enxergar a tragédia da pandemia: segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), três em cada quatro brasileiros perderam alguém para a covid-19. Entre os que conhecem alguém que morreu, 53% disseram ter perdido um amigo, 25% um familiar e 15% um colega de trabalho.

Mais uma vítima da crise do coronavírus: a Le Postiche, uma das mais tradicionais redes de lojas de bolsas e acessórios, entrou em recuperação judicial.

A empresa deve R$ 64,6 milhões para locadores de imóveis, bancos e fornecedores. Na pandemia, poucos viajaram — e as vendas de malas despencaram.

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