Governo

Caixa Tem é chance para ter acesso a microcrédito, diz Pedro Guimarães

Em entrevista ao CB.Poder, o presidente da Caixa Econômica Federal explicou os detalhes sobre o auxílio emergencial, que terá nova rodada de depósitos a partir do dia 16. Guimarães disse que banco trabalha para oferecer crédito a quem estava à margem do sistema bancário

Pedro Ícaro*
postado em 05/05/2021 22:32 / atualizado em 05/05/2021 23:11
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press                      )
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press )

No próximo dia 16, a Caixa Econômica Federal inicia o segundo ciclo do pagamento do auxílio emergencial. É mais uma etapa do programa de ajuda a brasileiros em situação financeira vulnerável, dividido em quatro parcelas. Desde a semana passada, os beneficiários do programa podem sacar ou efetuar pagamentos com o recurso depositado pelo governo federal, no valor médio de R$ 250. Por meio do aplicativo Caixa Tem, os usuários têm acesso a serviços da Caixa sem a necessidade de ir uma agência ou a uma lotérica. Passada a fase do auxílio emergencial, poderão buscar linhas de microcrédito oferecidas pelo banco.

 

 

Nesta quarta-feira (5/5), em entrevista ao CB.Poder, programa realizado em parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, detalhou os avanços na realização da operação que beneficia milhões de brasileiros desde 2020. Guimarães ressaltou, primeiramente, que a maior parte dos beneficiários do auxílio emergencial pode tirar dúvidas sobre o auxílio emergencial sem sair de casa. Eles podem utilizar a central telefônica 111 da Caixa e nos canais de comunicação do banco na internet. A consulta eletrônica ou por telefone é uma maneira de evitar filas e aglomerações nas agências e lotéricas.

Em seguida, Guimarães detalhou a complexidade da operação para tornar o auxílio emergencial possível. “Quando estávamos fazendo pela primeira vez o cadastramento, 38 milhões de brasileiros não estavam em nenhum cadastro do governo federal e passaram a ser bancarizados exatamente por causa do auxílio. Naquele começo de abril até o comecinho de maio de 2020, nós tivemos durante alguns momentos filas maiores. A partir do momento em que organizamos pela data de nascimento, só então foi possível saber as pessoas que teriam direito. As filas se reduziram muito e, com o passar dos meses, a utilização do Caixa Tem foi mais intensa. Essa utilização também permitiu que as filas se reduzissem ainda mais”, descreveu o presidente do banco.

No próximo dia 16, começa mais uma etapa do auxílio emergencial, dividida em ciclo de crédito e saque em dinheiro. O benefício está sendo pago de acordo com o mês de nascimento do cadastrado. “No dia 16 de maio, (o programa começa) para os nascidos em janeiro de novo e vai até o dia 16 de junho. Todos (contarão) com depósitos nas contas sociais digitais. Após algumas semanas, normalmente três semanas, o depósito na sua conta social digital tem a permissão para o saque nas lotéricas, nos ATMs ou nas agências da Caixa Econômica Federal”, esclareceu Pedro Guimarães.

Aplicativo Caixa Tem

Para ter acesso ao auxílio emergencial, é fundamental utilizar o Caixa Tem, aplicativo desenvolvido pela Caixa para facilitar o acesso a serviços e transações bancárias da conta Poupança Digital Social. Na plataforma é possível fazer pagamentos de contas e boletos, consultar saldos, compras na internet e outras operações.

“Quem perdia, seja o cartão cidadão, seja a senha, tinha que acabar indo a uma agência da Caixa Econômica. Isso faz com que várias pessoas que estão em algumas cidades do interior, em especial do Norte e do Nordeste, tivessem que viajar para uma cidade maior. Com o aplicativo Caixa Tem, um banco digital, as pessoas não precisam mais viajar basta ter acesso a internet”, explicou.

Além de permitir o acesso a um recurso importante durante a pandemia, o Caixa Tem representa o primeiro vínculo dos milhões de brasileiros com o banco estatal. Pedro Guimarães observou que uma das consequências da bancarização é a oferta do microcrédito. Segundo o executivo, as linhas oferecidas pela Caixa são muito mais acessíveis do que em outras instituições financeiras.

Santas Casas

Ainda durante a entrevista ao CB.Poder, o presidente da Caixa comentou outras ações desenvolvidas pelo banco. Ele mencionou a redução das taxas de crédito para hospitais e Santas Casas. “Em janeiro de 2019, nós reduzimos a taxa do credito para as Santas Casas em 80%. Nós tínhamos taxas de até 30% ao ano, e hoje nós temos ao redor de 6% ao ano. Houve uma redução de taxas em 2019, e nós fizemos uma segunda onda de reduções de taxas agora, há três meses atrás”, disse Guimarães.

Ele ressaltou, ainda, a suspensão temporária na cobrança de juros da dívida para essas instituições. “As Santas Casas puderam pausar os seus juros, suas principais dívidas, por seis meses. Esse dinheiro pôde ser utilizado com os gastos relativos à covid", comentou o presidente do banco estatal. "A Caixa sempre reage e rápido as demandas da sociedade”, finalizou.

*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza 

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