Financiamento

Presidente do BNDES defende apoio público em setores 'disruptivos'

Novo fundo captou R$ 240 milhões. O BNDES e a Qualcomm Ventures são os investidores iniciais, junto com Multilaser, Lenovo, Banco do Brasil, Motorola e Telefónica

Agência Estado
postado em 12/05/2021 13:21
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Com a economia saindo da crise com mais desigualdades e com as finanças públicas em cenário "desafiador", é importante o apoio público focar em setores, como os de alta inovação tecnológica, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.
"Saímos da crise com desigualdades, e as finanças públicas estão em cenário desafiador. Por isso, é importante apoiar setores disruptivos", afirmou o executivo, durante transmissão ao vivo para o lançamento do Fundo Indicator 2 IoT FIP, fundo de investimento em participações focado no apoio a "startups" que desenvolvam produtos e serviços para Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).
O novo fundo conseguiu captar R$ 240 milhões. O BNDES e a Qualcomm Ventures, braço de investimentos em pequenas empresas inovadoras da fabricante de equipamentos de telecomunicações americana, são os investidores iniciais do fundo. Também aportaram recursos as empresas Multilaser, Lenovo, o Banco do Brasil, a Motorola e a Telefónica.
A ideia é que o fundo tenha dez anos de duração e aporte recursos em cerca de 30 "startups" nesse período, com tíquete médio em torno de R$ 10 milhões por empresa, explicou Thomas Bittar, um dos sócio da Indicator Capital, gestora do novo fundo.
Montezano destacou a tradição "de décadas" do BNDES no investimento em iniciativas de "capital-semente" e "venture capital", como os fundos Criatec. Segundo o executivo, o planejamento estratégico do banco de fomento, daqui por diante, inclui reforçar esse tipo de apoio, em parceria com o setor privado e focando na capilaridade de seus investimentos.
"Cada vez mais, o banco vai apoiar esse tipo de iniciativa. Fazer isso de forma isolada, com o banco indo direto (às empresas), é inviável operacionalmente e intelectualmente. É importante haver diversidade de agentes e de conhecimento", afirmou o presidente do BNDES.
 

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