O volume de vendas do comércio varejista teve alta de 1,8% em abril, na comparação com o mês anterior. O crescimento veio depois de uma queda de 1,1% na passagem de fevereiro para março. Foi a maior elevação para meses de abril desde 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O economista César Bergo avalia que os números mostram que o país está, aos poucos, recuperando a atividade econômica. “No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2%. O setor de serviços tinha ficado um pouco para trás, mas, em abril, começou a demonstrar força”, afirmou.
De acordo com os dados do IBGE, o varejo cresceu 0,4% na média móvel trimestral, 23,8% na comparação com abril do ano passado, 4,5% no acumulado do ano e 3,6% no acumulado de 12 meses.
Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, sete tiveram alta na passagem de março para abril, com destaque para móveis e eletrodomésticos (24,8%), tecidos, vestuário e calçados (13,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%). A única queda foi observada na atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%).
Bergo ressaltou a importância das compras feitas pela internet. “Os dados de abril do ano passado estavam muito em baixa, em função do início da pandemia e do isolamento. Agora, ainda existe isolamento, mas as pessoas estão mais acostumadas e continuam fazendo seus negócios”, ressaltou.
Ele acrescentou, ainda, que a tendência é de que nos próximos meses, o crescimento se consolide. “Em abril, o pagamento do auxílio emergencial também foi um ponto importante para que o comércio pudesse se recuperar”, disse o economista.
O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, teve alta de 3,8% de março para abril, puxada pelos crescimentos de 20,3% do setor de veículos, motos, partes e peças, e de 10,4% da atividade de materiais de construção.
*Estagiária sob a supervisão
de Odail Figueiredo
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