Estados Unidos

Dirigente do Fed admite inflação alta, mas defende contínuo apoio monetário

Os índices de preços devem subir a 3,5% até o fim do ano - acima da meta de 2% do Federal Reserve -, mas cair a partir de 2022.

Agência Estado
postado em 22/06/2021 12:47 / atualizado em 22/06/2021 13:08
 (crédito: Reprodução Council on Foreign Relations/ YouTube)
(crédito: Reprodução Council on Foreign Relations/ YouTube)
Enquanto os mercados acompanham atentamente sinais de aperto da política monetária, o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Nova York, John Williams, afirmou que está "focado" em fornecer apoio "apropriado" à recuperação da economia dos Estados Unidos. Em entrevista à Bloomberg TV, Williams admitiu que as leituras recentes de inflação estão "altas" e devem ser monitoradas de perto.
Pelos cálculos dele, os índices de preços devem subir a 3,5% até o fim do ano - acima da meta de 2% do Fed -, mas cair a partir de 2022.
Apesar disso, o dirigente, que tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), acredita que ainda vai demorar até que a taxa básica de juros seja elevada. Ma visão dele, embora a maior economia do planeta esteja na direção do pleno emprego, ainda há um longo caminho até que esse objetivo seja alcançado.
Williams comentou ainda que o Fed espera "progressos significativos" na atividade econômica antes de tomar decisões sobre ajustes no programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). Segundo ele, o principal objetivo do QE não é "injetar dinheiro" no sistema, nem impulsionar um setor específico, como o imobiliário, mas "criar condições estáveis" à economia.
O líder da regional nova-iorquina minimizou o aumento recente da demanda pelas operações reversas de recompra (repo reversas), em que instituições financeiras deixam dinheiro no Fed. Para ele, a iniciativa está funcionando normalmente.
 

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