Custo Brasil

Congresso cria Frente Parlamentar contra o Custo Brasil e de olho em reformas

Pauta do grupo lançado nesta quarta-feira (30/6) engloba ainda temas como qualificação profissional, segurança jurídica e infraestrutura

Presidido pelo deputado federal Alexis Fonteyne (Novo-SP) e composto por mais de 200 parlamentares, entre senadores e deputados, o Congresso Nacional lançou a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo (FPBC) nesta quarta-feira (30/6). O grupo vai trabalhar para reduzir o Custo Brasil e terá entre as prioridades as reformas tributária e administrativa. Na pauta entram também temas como qualificação profissional, segurança jurídica e infraestrutura.

O lançamento discutiu e desenhou soluções para se enfrentar de forma definitiva o Custo Brasil, definindo uma agenda clara de prioridades. De acordo com a CNI, a frente parlamentar nasce com o objetivo de unir forças para melhorar o ambiente de negócios e permitir que as empresas brasileiras compitam de igual para igual com as concorrentes internacionais.

Segundo um estudo do Ministério da Economia em parceria com o Movimento Brasil Competitivo, o Custo Brasil chega a R$ 1,5 trilhão ou 22% do PIB do país. Este é o valor que as empresas do Brasil gastam a mais do que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) todos os anos por conta de problemas internos.

Estavam presentes no lançamento Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria; Jorge Gerdau, presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo; Carlos Alexandre da Costa, secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia; e Oriovisto Guimarães, senador e vice-presidente da Frente Parlamentar Pelo Brasil Competitivo.

Para acelerar o desenvolvimento

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou que o Brasil tem um dos maiores e mais diversificados parques fabris do planeta. E citou o estudo recente da CNI que mostra que a indústria de transformação é mais diversificada do que a média dos países membros da OCDE. “No entanto, estamos retrocedendo. Não conseguimos competir com o resto do mundo e estamos concentrando a produção em setores tradicionais, e isso se deve ao elevado Custo Brasil. Nossa indústria, que já foi a oitava maior do mundo, ocupa hoje o décimo sexto lugar no ranking internacional”, afirmou.

O presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo, Jorge Gerdau Johannpeter, afirmou no lançamento que o desafio que temos como sociedade precisa da mobilização do Legislativo. “A conjugação de esforços é extremamente importante para conseguirmos avançar em questões que impedem que a empresa brasileira compita de igual para igual com o mercado internacional”.

O senador Oriovisto Guimarães, vice-presidente da FPBC, também enfatizou a importância da união de forças para o país avançar na melhoria do ambiente de negócios. “Nenhum governo vai fazer mágica, o que precisamos é acreditar em nós mesmos, na nossa indústria, na nossa gente. A Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo é uma grande ideia e espero que ela cresça e fique poderosa”, comentou.

O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Alexandre Jorge da Costa, disse que o que gera desenvolvimento são as empresas, mas "só quando o governo não atrapalha". “É o momento de unirmos os empresários em torno de um Brasil onde é mais fácil fazer negócios, contratar, desenvolver. Esta é uma frente de quem acredita na liberdade, de quem acredita no ser humano”, disse.

Carlos Alexandre citou os avanços recentes no país, como os marcos do saneamento básico, do setor elétrico e das startups, entre outros projetos aprovados nos últimos dois anos pelo Congresso Nacional.

*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro

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