Dólar

Dólar sobe com cautela no exterior e dados locais no radar

A pressão de alta no dólar é limitada pela queda dos juros dos Treasuries e interesses técnicos de investidores vendidos em contratos cambiais

O dólar à vista abriu com viés de alta nesta quarta-feira, mas perdeu força e o dólar futuro de agosto teve queda pontual, reagindo a um ensaio de melhora dos futuros de Nova York na esteira dos dados de emprego do setor privado nos Estados Unidos, que criou 692 mil vagas em junho, acima do esperado por analistas financeiros ( +550 mil).
Mas, o alívio externo foi passageiro porque o dado de geração de postos de trabalho de maio nos EUA foi revisado para baixo. Com isso, a moeda americana voltou a ganhar força ante o real e no exterior, uma vez que os futuros de Nova York retomaram queda moderada à espera de outros indicadores norte-americanos e discursos de dirigentes do Federal Reserve.
Os investidores locais estão avaliando ainda os dados do setor público consolidado, cuja dívida líquida do setor público ficou em 59,7% do PIB em maio (59,8% em abril), enquanto a dívida bruta do governo geral caiu a 84,5% do PIB em maio (85,6% em abril).
Mas a pressão de alta no dólar é limitada pela queda dos juros dos Treasuries e interesses técnicos de investidores vendidos em contratos cambiais (defendem a baixa de preço).
Mais cedo, os mercados olharam também a taxa de desemprego no trimestre até abril, que ficou em 14,7% no País, em linha com as previsões dos economistas. No entanto, a massa de renda real caiu 5,4% no trimestre até abril ante igual trimestre de 2020, gerando incertezas sobre o ritmo da recuperação interna diante da perda de poder de compra dos consumidor em virtude também do avanço da inflação.
Às 9h42 desta quarta, o dólar à vista subia 0,91%, a R$ 4,9874. O dólar futuro para agosto ganhava 0,59%, a R$ 4,9850.