Finanças

Entenda como vão funcionar as mudanças anunciadas para o PIX

BC autoriza a entrada do iniciador de pagamentos, dispositivo que facilita a transação financeira para compras on-line. No novo modelo, usuário pode "fazer um Pix" na plataforma da loja

Vera Batista
postado em 23/07/2021 06:00
A expectativa do Banco Central é de que a mudança não represente um custo adicional para o usuário do Pix -  (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
A expectativa do Banco Central é de que a mudança não represente um custo adicional para o usuário do Pix - (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O Banco Central anunciou mudanças nas transações com o Pix (transferências e operações em contas bancárias), para ampliar o uso do sistema de pagamento instantâneo, a partir de setembro. Essas transações poderão, agora, ser feitas por instituições que participam do open banking (sistema de compartilhamento de dados). A novidade é que o serviço vai permitir a movimentação de contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco onde o consumidor tem conta. Ou seja, com a atualização, será possível efetuar o pagamento com Pix usando o serviço de outras instituições, por meio da figura de um novo agente, o iniciador de pagamentos.

O iniciador vai facilitar a junção dos dois sistemas: Pix e open banking. Até o momento, o cliente que quiser, por exemplo, fazer uma compra on-line, tem que seguir diversos passos. Primeiro é preciso entrar no aplicativo da loja e fazer a autorização da compra. Em seguida, voltar à sua chave do Pix e pedir autorização para o pagamento. Depois voltar ao aplicativo da loja para finalizar a compra.

Com as mudanças autorizadas pelo Banco Central, por meio do iniciador de pagamento, as etapas serão reduzidas a três: basta entrar na loja, efetuar a compra e a transação, uma vez autenticada, se completa.

De acordo com o BC, esse procedimento é importante para facilitar a atuação de prestadores de serviço de iniciação no comércio eletrônico e tem o objetivo de aprimorar a atual experiência dos usuários, tornando a compra online de bens e serviços por meio do Pix mais ágil. “Antes era preciso sete passos, agora são três”, afirma Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central. A expectativa, de acordo com Breno Lobo, chefe de Divisão do BC, é que, apesar da entrada de mais um agente, não haja custo para o consumidor que já está ligado a uma instituição financeira.

“Embora a legislação permita, não acreditamos que isso (cobrança pelo serviço) aconteça. Porque se houver cobrança, o cliente pode continuar usando o Pix da forma que usa hoje. Ele pode dispensar o iniciador”, afirmou. Isso porque, segundo Lobo, o iniciador de pagamento “não é um intermediário”, apenas. Será mais uma instituição credenciada pela autoridade monetária.

O Banco Central estabeleceu a data de 30 de agosto para que as instituições participantes do Open Banking implementem os procedimentos operacionais para as novas funções do Pix.

De acordo com o BC, além dos participantes que atua na modalidade iniciador, o serviço de iniciação no Pix poderá ser ofertado pelas instituições financeiras ou de pagamentos autorizadas pelo BC que participem do Pix na modalidade provedor de conta transacional, desde que sejam certificadas no âmbito do Open Banking.

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