Ibovespa

Cautela interna predomina e mantém Ibovespa em queda, abaixo dos 122 mil pontos

Às 10h42, o Ibovespa tinha baixa de 0,78%, as 121.099,77 pontos, tendo como destaque positivo as ações da Petrobras e com a ponta negativa destacando alguns papéis do setor financeiro e de varejo.

Agência Estado
postado em 12/08/2021 11:34 / atualizado em 12/08/2021 11:34
 (crédito: Divulgação/Serpro)
(crédito: Divulgação/Serpro)
Em uma manhã de poucas movimentações no mercado internacional, os ativos domésticos refletem a cautela do investidor com o cenário nacional. Com isso, o dólar avança moderadamente contra o real, seguido pelos juros futuros, enquanto na Bolsa o viés é vendedor, com o Índice Bovespa oscilando abaixo do patamar dos 122 mil pontos. Embora a agenda de indicadores não seja muito extensa, a manhã é movimentada pelas falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião na Câmara, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa de evento.
Para Vitor Miziara, da Criteria Investimentos, o mercado segue focado nos eventos políticos voltados à economia.
Segundo ele, a percepção é de que o tempo para avanço de reformas está ficando escasso. "Se o governo não conseguir votar reformas até setembro, basicamente não vai haver reforma nenhuma nesse ano", disse. No entanto, ele afirma que o que mais estressa o mercado hoje é a PEC dos Precatórios e os artifícios para que novos gastos sejam feitos, de maneira a não serem contabilizados no teto de gastos. "A aprovação de um 'fundão' ou algo do tipo com certeza vai estressar o mercado", diz.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse há pouco que os governos que destinaram mais recursos para evitar as consequências econômicas da pandemia de coronavírus apresentaram menos impactos. "Quando olhamos o mundo emergente, vemos que países com maiores gastos, como o Brasil, evitaram uma queda mais aprofundada e recuperação mais rápida", afirmou durante o Congresso Nacional Abrasel, realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
Ele afirmou também que, nas próximas semanas e meses, o fator fundamental a ser observado na pandemia do novo coronavírus não será tanto a disponibilidade de vacinas, mas sim a rejeição da população aos imunizantes.
Entre os indicadores do dia, o destaque fica com a alta de 1,7% do volume de serviços prestados em junho ante maio. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 2,40% a alta de 2,90%, mas superou com folga a mediana, que era positiva em 0,40%.
Para Pietra Guerra, especialista em ações da Clear, o setor de serviços podem despontar de forma positiva. "Esperamos uma retomada desse setor mais acelerada, dado que ele foi muito impactado com a pandemia. Com a continuidade da vacinação, prevemos um setor de serviços mais positivo. E o dado divulgado hoje que corroborou com isso foi o volume de serviços prestados em junho, que veio acima das expectativas. Bom para ficar de olho nas empresas relacionadas ao setor", afirma.
Às 10h42, o Ibovespa tinha baixa de 0,78%, as 121.099,77 pontos, tendo como destaque positivo as ações da Petrobras (+0,240 na ON e +0,14% na PN) e com a ponta negativa destacando alguns papéis do setor financeiro e de varejo, como Banco do Brasil ON (-1,64%) e Via Varejo ON (-5,61%).
 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.