Inflação brasileira já é uma das mais altas do mundo
O presidente Jair Bolsonaro tem um discurso pronto para justificar a disparada da inflação. Nas redes sociais, seus seguidores dizem que a culpa é da pandemia e do lockdown. Algumas pessoas acreditam em tudo, até em disparates como esses. Como se sabe, a maioria dos países teve restrições de circulação mais severas que o Brasil — e seus índices de preços não estão descontrolados. Nos últimos 12 meses, a inflação brasileira chegou a quase 9%. É um dos piores resultados do mundo. No Reino Unido, que fechou quase toda a economia para conter o avanço do vírus, os preços subiram 2,5% de um ano para cá. Nos Estados Unidos, que também parou tudo, 5,4%. Na China, 1%. Os fãs de Bolsonaro vão argumentar que são nações muito diferentes do Brasil. Bastar observar os números dos emergentes para confirmar que os números brasileiros são, de fato, péssimos. Na Rússia, a inflação anual está em 6,5%. No México, 5,8%. Na Índia, 5,6%.
Meirelles: “Baixamos a inflação de 9,3% para 3,8%”
Henrique Meirelles diz que é cedo para falar sobre a próxima eleição — o centro e a esquerda sonham com seu nome na composição das chapas —, mas ele tem sido ágil no Twitter. Em meio à crise na economia, destacou o que fez quando trabalhou em Brasília: “Baixamos a inflação de 9,3%, em abril de 2016, para 3,8% no final da minha gestão. A Selic estava em 14,25%, entreguei o ministério com 6,5%.” Meirelles foi presidente do Banco Central no governo Lula e ministro da Fazenda de Temer.
Lucros das empresas de capital aberto disparam 521%
O Banco Safra analisou os balanços corporativos relativos ao segundo trimestre de 84 empresas brasileiras de capital aberto. A boa notícia é que as companhias ignoraram a crise política, a pandemia e as incertezas econômicas. Segundo o levantamento, 55% dos resultados vieram acima das expectativas do banco, enquanto 15% estavam em sintonia com as estimativas e 30% decepcionaram. O mais surpreendente: entre abril e junho, os lucros das empresas listadas na bolsa de valores dispararam 521%.
Salários na área tecnológica sobem 55% em um ano
A nova era digital tem impulsionado as carreiras na área tecnológica. Segundo estudo realizado pela empresa de recrutamento Revelo, os salários dos profissionais do setor subiram, em média, 55% desde setembro de 2020 — nenhuma outra especialidade conheceu expansão tão veloz de ganhos. O Brasil, porém, não tem conseguido formar pessoas qualificadas para atender ao crescimento explosivo da demanda, e algumas
empresas até são obrigadas a recorrer a trabalhadores vindos de outros países.
"O Banco Central se tornou mero passageiro do que vai acontecer com os juros. A inflação corrente tem sido bem ruim e ele não consegue controlar”
Fabricio Taschetto, sócio-fundador e diretor de investimentos da gestora ACE Capital
1,6 mil
foi a média de partidas diárias no mercado doméstico de aviação em julho. O número se aproxima do período pré-pandemia. Em março de 2020, eram 1,8 mil
Rapidinhas
O Facebook quer tornar as reuniões virtuais — que se viraram febre no mundo corporativo durante a pandemia — mais dinâmicas. A empresa lançou um aplicativo de realidade virtual, o Horizon Workrooms, que permite o uso de avatares nos encontros remotos. O participante entra na videoconferência e é representando por sua versão digital.
As grandes empresas de tecnologia lideram um movimento nos Estados Unidos para que se adie o retorno ao trabalho presencial. Com o avanço da variante delta, cresce o risco de aumento dos contágios pelo vírus. Apple, Facebook e Amazon anunciaram que a volta para os escritórios, prevista para as próximas semanas, ficará para 2022.
A iniciativa é estranha: na China, os funcionários da fabricante de equipamentos para foto e vídeo Canon só têm acesso às salas de reuniões se estiverem com um sorriso no rosto. A empresa desenvolveu um sistema de reconhecimento facial que identifica “o nível de simpatia” das pessoas. E se o colaborador estiver num dia ruim?
A pandemia aumentou os níveis de estresse no ambiente corporativo. Para lidar com o problema, algumas empresas lançaram ações inéditas. Entre maio e junho, o Grupo Boticário treinou suas principais lideranças para auxiliá-las a identificar sinais de sofrimento psicológico entre os subordinados.
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