BENEFÍCIO SOCIAL

Auxílio emergencial está com os dias contados, sinaliza Funchal

"Não faz sentido falar, nesse momento, em auxílio emergencial", disse o secretário especial do Tesouro, Bruno Funchal, ao falar sobre projeto orçamentário do governo para 2022, nesta terça-feira (31/08)

Fernanda Fernandes
postado em 31/08/2021 17:54 / atualizado em 31/08/2021 18:04
 (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado
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(crédito: Geraldo Magela/Agência Senado )

O secretário especial do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, descartou a possibilidade de crédito extraordinário para 2022 e, consequentemente, de pagamento de auxílio emergencial. A afirmativa foi realizada durante coletiva de imprensa sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), apresentado pelo governo federal, nesta terça-feira (31/8).

"O auxílio emergencial não é uma escolha política. É mais uma necessidade que vem do crédito extraordinário, dada a imprevisibilidade", explicou.

O crédito extraordinário é destinado ao atendimento de despesas urgentes e imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. De acordo com Funchal, com a redução na gravidade do quadro da pandemia, e a consequente retomada econômica, o crédito perde o "sentido".

"Com a redução da curva de contágio e de morte, e com a economia voltando à normalidade, não faz sentido falar nesse momento em auxilio emergencial, em crédito extraordinário", disse Funchal. "Se houver alguma nova cepa, uma nova imprevisibilidade, aí pode se pensar nisso, mas não é o esperado", completou

Nesta terça, a Caixa Econômica Federal concluiu o pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial, restando mais duas, que serão pagas até outubro. Segundo fontes do governo, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado por assessores para prorrogar o benefício em mais uma rodada, que seria paga com o saldo restante do crédito extraordinário, fora do teto de gastos. Ainda segundo as fontes, o Ministério da Economia é contra, uma vez que, como citado por Funchal, não há mais fundamentos para uma nova prorrogação. Atualmente, 45 milhões de famílias recebem o benefício, com média mensal de R$ 250, segundo o Ministério da Cidadania.

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