Ao divulgar o resultado de vendas, exportações e emplacamentos no mês de agosto, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, informou que o nível de estoque disponível nas fábricas e concessionárias (76,4 mil) é suficiente para 13 dias de vendas, o mais baixo da história. A falta de semicondutores é um dos principais fatores no resultado negativo do mês.
Moraes estima que a falta de semicondutores pode acarretar uma perda de produção entre 240 e 280 mil veículos no país este ano. Pelos dados da Anfavea, no mundo, estudos apontam que a perda pode chegar entre 7 milhões e 9 milhões de veículos em 2021.
Foram licenciados 172,8 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 5,8% em relação a julho. Mas no acumulado do ano, houve um crescimento de 21,9% (1,42 milhão de veículos emplacados de janeiro a agosto). Mas é preciso levar em conta que a base de comparação é baixa, porque muitas fábricas paralisaram a produção, em consequência do início da pandemia, em 2020. O destaque no ano foi o avanço da venda de utilitários esportivos, atualmente com 41% do mercado. Outro destaque foi a venda de carros elétricos e híbridos, com 3,8 mil unidades em agosto (3,6 mil somente de híbridos). Mas, por outro lado, a venda de caminhões, com 13 mil unidades, foi a menor desde dezembro de 2014.
Os veículos híbridos e elétrico tiveram o seu melhor mês da história e já representam 2,4% do mercado total. A quantidade de emplacamentos de veículos híbridos e elétricos já se aproxima do verificado nos veículos a gasolina, que respondem por 3,4% do mercado e tiveram 5.352 emplacamentos, divulgou a Anfavea. Mas no total, os carros flex continuam na frente, com 77,1% do mercado e 122.227 veículos vendidos em agosto. Já os veículos a diesel emplacaram 27.105 unidades (17,1%).
Durante a divulgação da Carta da Anfavea, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, informou que será incluído nas estatísticas o número de emplacamentos de veículos leves e elétricos, não apenas de passageiros, mas também de picapes e veículos pesados “Vamos tornar os números mais transparentes para que seja possível fazer projeções também dos veículos híbridos, elétricos e a gás”, disse.
Moraes lembrou, ainda, que embora o número de veículos leves tenha recuado (-3,1%), os comerciais leves registraram pequena alta em relação a julho (0,3%), assim como o emplacamento de caminhões (8,1%), com 12.951 unidades vendidas.
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