Mercado S/A

Cenário inflacionário, desemprego alto, baixo investimento e crise política são os ingredientes que impedem o país de reagir

Amauri Segalla
postado em 13/09/2021 22:56
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Projeções mostram que 2022 será o ano do pibinho

Até pouco tempo atrás, a maioria dos especialistas cravava que o PIB de 2022 superaria a marca dos 2%. Com o recrudescimento da crise econômica, as previsões foram cortadas. Primeiro para 1,5%. Depois para perto de 1%. Agora, menos do que isso. Segundo o banco americano J.P.Morgan, a economia brasileira crescerá 0,9% no ano que vem, ante 1,5% da estimativa anterior. Cenário inflacionário, desemprego alto, baixo investimento e crise política são os ingredientes que impedem o país de reagir. É inegável que os destemperos de Brasília afetam o desempenho econômico. Retrato disso é a Bolsa. O Ibovespa fechou ontem com alta de 1,85%, o que foi resultado sobretudo da ausência de ruídos políticos. Ou seja: no dia em que as autoridades dão uma trégua em suas pregações incendiárias, o mercado reage bem. Resta saber quanto tempo a paz irá durar. A julgar pelo espírito belicoso dos líderes nacionais, não será muito.


Empresa de bikes Tembici chega a Brasília

A Tembici, empresa que opera o serviço de bicicletas compartilhadas em várias cidades brasileiras, chegou a Brasília. Serão 70 estações e 500 bikes espalhadas pela cidade. Para levar o projeto adiante, a Tembici contou com uma linha de financiamento de R$ 29 milhões do banco Santander Brasil — foi a primeira operação do chamado crédito verde feita pelo banco para uma empresa brasileira do setor. Segundo especialistas, o mercado de bikes compartilhadas ganhará impulso nos próximos anos.


Unicórnios proliferam na América Latina

O número de unicórnios, como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, não para de crescer na América Latina. Segundo levantamento realizado pela Lavca (Latin America Venture Capital Association), já existem 29 empresas desse tipo na região. O Brasil lidera o ranking, com 19 companhias que se enquadram na categoria. O movimento é crescente: as startups latinas receberam US$ 6,2 bilhões no primeiro semestre de 2021, 50% a mais do que o total de 2020.


Comandos por voz são a nova onda dos games

O mercado de games não para de se reinventar. Uma nova tendência são os jogos controlados por voz, que permitem ao usuário disparar comandos em um microfone. É o caso de uma das versões do game Jurassic World, criado com a ajuda de uma empresa brasileira, a Iara Digital. Recentemente, um dos fundadores da companhia, João Paulo Alqueres, recebeu o prêmio Alexa Champions, que reconhece os melhores desenvolvedores de dispositivos associados ao assistente virtual da Amazon.


US$ 2,3 bilhões

deverá ser o faturamento do mercado de games no Brasil em 2021, alta de 5,1% em relação a 2020. O dado é da consultoria Newzoo.


"As piores economias do mundo são aquelas com maior índice de estatização”

Jorge Gerdau, presidente dos conselhos da Gerdau e do Movimento Brasil Competitivo


Rapidinhas

» O Nubank assinou um acordo para comprar até 7,7% das ações da empresa de empréstimos Creditas em um período máximo de dois anos. Com o acordo, os produtos da Creditas, como empréstimos e crédito para a aquisição de móveis e carros, passarão a ser oferecidos aos clientes do Nubank. Atualmente, o banco digital está avaliado em US$ 30 bilhões.

» O Banco Pan comprou 80% da Mobiauto, plataforma digital especializada na venda de veículos com uma base formada por 115 mil automóveis anunciados. Trata-se da primeira aquisição desde que o BTG Pactual assumiu 100% do capital do Banco Pan, em maio deste ano. O valor do negócio não foi revelado.

» Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, de 2016 a 2019, deixará a presidência do conselho do Credit Suisse Brazil para assumir, em janeiro do ano que vem, o cargo de diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ilan é reconhecido pelo ótimo trabalho que fez à frente do BC brasileiro.

» A montadora Toyota anunciou uma nova paralisação temporária da fábrica de Indaiatuba, em São Paulo, onde é produzido o sedã Corolla. Segundo a empresa, a interrupção vai durar de 13 a 22 de outubro. O motivo é o mesmo de sempre: a falta de insumos para a produção dos automóveis, que afeta quase todas as empresas do setor.

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