Brexit sufoca economia do Reino Unido
O Brexit começa a cobrar um preço alto para a economia do Reino Unido, que enfrenta uma das maiores crises de desabastecimento de sua história. Por falta de gasolina e diesel, a BP fechou postos de combustível. A operação do McDonald’s está comprometida, porque não há atendentes para trabalhar. No KFC, faltam frangos para o pleno funcionamento das lojas. Com o fim, a partir de janeiro, da livre circulação de trabalhadores procedentes da União Europeia, o Reino Unido sofre agora com o êxodo dos estrangeiros — eles ocupavam postos estratégicos no mercado de trabalho. Há escassez de caminhoneiros, operários para a construção civil e até profissionais da área de tecnologia. Segundo um relatório da Confederação do Emprego e Seleção de Pessoal (REC) e da consultoria KPMG, o número de trabalhadores disponíveis teve a sua maior queda desde 1997. O caos inglês é o exemplo de como políticas nacionalistas e fechadas em si mesmas têm peso brutal na economia dos países.
Mercado financeiro corta projeções para o Ibovespa
Em relatório a clientes, o Itaú BBA classificou como “tempestade perfeita” o cenário macroeconômico brasileiro. Riscos fiscais e políticos, pressão inflacionária e situação hídrica alarmante são fatores que levaram o banco a rever as perspectivas para os próximos meses. Entre outros ajustes, o BBA cortou a projeção para o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, de 152 mil para 120 mil pontos no final de 2021. Para o mercado financeiro, a recuperação, se vier, será cheia de obstáculos.
Empresários lamentam falta de agenda positiva do governo
O mau humor com os desígnios do país não se limita ao mercado financeiro. Os empresários também perderam a confiança na capacidade do governo para encontrar saídas para a crise. Até pouco tempo atrás considerado a tábua de salvação da economia, o ministro Paulo Guedes não convence mais muita gente de que seu discurso otimista se materializará em ações efetivas. “É muito blá, blá, blá e pouco resultado na prática”, diz um industrial do setor químico. “Falta uma agenda positiva para o Brasil.”
Empresas de varejo sofrem na Bolsa
A falta de perspectiva da economia brasileira e a queda dos níveis de consumo estão provocando estragos nas ações cotadas em Bolsa das empresas do varejo. Ontem, os papéis da Americanas caíram 4%. Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto, e Magazine Luiza também sofreram, com quedas de 2,9% e 2,4% respectivamente. A dura realidade é que a festa da Bolsa brasileira parece ter sido interrompida — pelo menos por enquanto. Segundo os especialistas, a saída é procurar aplicações mais seguras.
79,2 dias
é o tempo que o brasileiro que recebe o salário médio do País (R$ 2,5 mil) teria de trabalhar para comprar o novo iPhone 13 Pro, lançado pela Apple nesta semana
“Respeito é bom e todos nós gostamos da democracia”
Paulo Guedes, ministro da Economia, em evento com empresários
Rapidinhas
» A companhia aérea Gol receberá um aporte de US$ 200 milhões da americana American Airlines, que passará a deter 5,2% da empresa brasileira. A parceria prevê também um acordo de compartilhamento de voos nos próximos três anos. Segundo a Gol, a operação fortalece a sua posição nas rotas que conectam Américas do Sul e do Norte.
» O WhatsApp não para de se reinventar. Depois de permitir o envio de dinheiro entre os usuários, o serviço de mensagens do Facebook lançou um novo recurso que torna possível encontrar empresas dentro do aplicativo. O objetivo por trás da iniciativa é reforçar o comércio eletrônico dentro da plataforma.
» Roger Federer, o maior tenista de todos os tempos, chegou a Wall Street. A marca de tênis On Holdings, que tem o suíço como um de seus principais acionistas, vai abrir o capital na Bolsa de Nova York. A expectativa é captar US$ 622 milhões, o que poderia levar a empresa a ser avaliada em até US$ 8 bilhões.
» O Brasil terá, entre as grandes economias, um dos crescimentos mais modestos, em 2022. A previsão é da ONU, que estima um aumento de 1,8% do PIB brasileiro em 2022 — é metade da expansão prevista para a economia mundial. Para efeito de comparação, a Argentina deverá crescer 2,9% no ano que vem. O México, 2,8%.
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