Evergrande 1: por que a falência da empresa é um risco mundial
O valor é estratosférico: US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão). Esse é o tamanho da dívida da Evergrande, segunda maior empresa do mercado imobiliário chinês. O que seria apenas mais um rumoroso caso de falência corporativa poderá se tornar um problemão mundial. Com a queda da Evergrande, diversos setores econômicos sofreriam. Instituições financeiras como o banco britânico HSBC, o suíço UBS e a gestora americana de recursos BlackRock — a maior do mundo — desembolsaram nos últimos anos bilhões de dólares em investimentos na Evergrande, mas teriam de arcar com o calote se a chinesa quebrar. O fim da gigante asiática também arrastaria para o precipício o preço das commodities. A demanda por aço, matéria-prima indispensável na construção, cairia para níveis alarmantes, e as cotações das ações das empresas do ramo desabaria. Haveria estragos principalmente nos setores de minério de ferro e petróleo. Parte deste cenário foi expressa ontem no tombo das bolsas pelo mundo. Quem vai salvar a Evergrande?
Evergrande 2: o que deu errado?
Uma empresa não quebra por um único motivo. Em geral, a falência é resultado de diversos fatores combinados. No caso da Evergrande, mudanças regulatórias feitas pelo governo chinês, a rápida desaceleração do mercado imobiliário do país e a gestão temerária provocaram a tempestade perfeita que pode levar à bancarrota. Agora, há o temor que a crise se alastre pelo mundo. Em 2008, a quebra do banco americano Lehman Brothers desencadeou uma das maiores crises econômicas da história.
País investe pouco e gargalo da infraestrutura só aumenta
O Brasil tem sérios gargalos de infraestrutura, mas isso está longe de mudar. A julgar pelos investimentos feitos em sistemas de transportes, telecomunicações, programas de saneamento e energia elétrica, para citar apenas os segmentos mais sensíveis, as deficiências do País tendem a aumentar. Em 2014, os aportes em infraestrutura correspondiam a 2,32% do PIB. No ano passado, o índice foi de 1,58%. Ressalte-se que a solução deveria vir da iniciativa privada e não de governos perdulários.
Wells Fargo vê Brasil como vulnerável à desaceleração chinesa
A desaceleração da economia chinesa afeta o mundo inteiro, mas alguns países são mais atingidos. Um deles é o Brasil. Segundo relatório produzido pelo banco americano Wells Fargo, o País está entre os mais vulneráveis por depender fortemente das exportações e dos altos preços das commodities, além de estar fortemente integrado ao sistema financeiro da China. Como se vê, os próximos meses trarão muitos desafios para a já fragilizada economia brasileira.
"A verdade é que as grandes fintechs gostam mesmo é de pagar apenas ‘meia entrada’ e em nada se diferenciam dos bancos. Aliás, só não são bancos para pagar menos impostos, gerar menos empregos, ter poucas obrigações regulatórias e trabalhistas”
Texto da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) em seu perfil no LinkedIn
R$ 11 bilhões
é quanto a empresa de logística Rumo investirá na construção e operação de uma ferrovia que liga o terminal Rondonópolis a Cuiabá e a Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. O projeto deverá ser concluído em 2030
Rapidinhas
» As criptomoedas começam a chegar às instituições financeiras tradicionais. Cinco meses depois de lançar o seu primeiro fundo atrelado a bitcoins, o BTG Pactual apresentou ao mercado a plataforma Mynt, especializada na negociação de criptoativos. Trata-se do primeiro banco brasileiro a ter uma plataforma própria de moedas virtuais.
» A Itapemirim Transportes Aéreos, companhia do Grupo Itapemirim, recebeu o seu sexto Airbus A320. Segundo a empresa, a nova aeronave deverá entrar em operação apenas na segunda quinzena de outubro e permitirá o aumento da frequência de voos para as treze cidades nas quais já opera. A Ita quer aproveitar o esperado aumento da demanda no final de ano.
» O setor de franquias movimentou R$ 43,1 bilhões no segundo trimestre, o que significa uma alta expressiva de 48% em relação a igual período do ano passado. Os dados apurados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) trazem outra boa notícia: o segmento está perto de alcançar
os níveis pré-pandemia.
» Um grupo de empreendedores brasileiros criou uma plataforma digital especializada em cannabis medicinal. Chamada Cannect, ela reunirá informações sobre o uso da maconha, mas não apenas isso. A ideia é usar o conceito de rede e conectar pacientes, médicos, instituições de saúde, pesquisadores e fornecedores.
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