MERCADO

Crise na China faz o Ibovespa fechar em queda de 2,33% nesta segunda

No Brasil, o impacto do calote fez o Ibovespa despencar para o menor nível dos últimos 10 meses, fechando o dia em 108.843 pontos — uma queda de 2,33%. Mercado registrou desempenho negativo com atenção ao ambiente internacional

Nesta segunda-feira (20/9), O Ibovespa fechou em forte queda, acompanhando o desempenho negativo das bolsas internacionais. O mercado mundial foi tomado por uma forte repulsa ao risco, devido à crise da empresa chinesa Evergrande, a segunda maior incorporadora de imóveis da segunda maior economia do mundo. Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram entre 1,7% e 2,2%, refletindo as preocupações com a incorporadora chinesa Evergrande, que viu suas ações despencarem 10% em meio a temores sobre a capacidade da empresa de pagar sequer uma parte da sua dívida de US$ 305 bilhões que vence na quinta-feira (23/9).

Também provocam ansiedade as reuniões de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) nos EUA e do Comitê de Política Monetária (Copom), com decisões de juros na quarta-feira. Espera-se que o Copom eleve a Selic em  mais um ponto percentual, levando a taxa a 6,25% ao ano.

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Em Wall Street, as principais empresas de tecnologia registraram queda nos valores das ações. Apple, Google (Alphabet), Tesla e Amazon figuram como principal influência negativa do dia, tanto no índice de tecnologia quanto no S&P 500. O Dow Jones fechou o dia com queda de 1,79% e a Nasdaq recuou 2,17%.

Segundo a agência de notícias Reuters, o calote da Evergrande criou temores de uma crise imobiliária chinesa que pode trazer consequências de larga escala para a economia global, parecida com a crise em 2008 gerada pela bolha imobiliária nos Estados Unidos.

Impulsionado pelo temor de uma crise generalizada, o dólar apresentou alta de 0,78%, e fechou o dia cotado a R$ 5,32. Este é o maior valor da moeda norte-americana desde 23 de agosto, quando foi cotada a R$ 5,38.