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o Telegram está longe de fazer frente para o principal rival. De acordo com pesquisas recentes, o WhatsApp está presente em 99% dos smartphones brasileiros

Amauri Segalla
postado em 05/10/2021 00:13
 (crédito: Mandel Ngan/AFP - 23/10/19 )
(crédito: Mandel Ngan/AFP - 23/10/19 )

Por que o Telegram está longe de ameaçar o WhatsApp

Enquanto o WhatsApp ficava fora do ar, muitas pessoas correram para abrir conta no Telegram. Resultado: o aplicativo de mensagens criado na Rússia e hoje sediado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, acabou apresentando instabilidade, e suspeita-se de que isso ocorreu pelo aumento explosivo do número de mensagens trocadas no app. Embora tenha crescido muito nos últimos anos, o Telegram está longe de fazer frente para o principal rival. De acordo com pesquisas recentes, o WhatsApp está presente em 99% dos smartphones brasileiros. É bem mais do que o Telegram, incorporado em 45% dos celulares — o dado considera os números antes da paralisação global do WhatsApp. Seja como for, episódios assim mostram como a humanidade virou refém das tecnologias. No home office, a maioria dos profissionais depende dos aplicativos de mensagens para uma comunicação rápida e eficiente, mas tiveram de se virar diante do imprevisto.


Ex-funcionária diz que Facebook não combateu discursos de ódio

Além de sair do ar, a rede de Mark Zuckerberg precisou enfrentar nas últimas horas a repercussão de uma série de reportagens bombásticas feitas pelo jornal The Wall Street Journal, que teve acesso a documentos internos da própria empresa. Em uma das denúncias, uma ex-funcionária acusa o Facebook de colocar o “lucro acima da segurança”. Segundo ela, a companhia sabia que as suas redes sociais estavam prejudicando usuários e não fez nada para combater discursos de ódio nas plataformas.


Dados da rede social estão à venda na dark web

O Facebook vive um inferno astral. No mesmo dia em que suas plataformas ficaram inoperantes, o site de segurança Privacy Affairs informou que mais da metade dos dados de usuários da rede social foram colocados à venda num fórum da dark web. Segundo a denúncia, os hackers ofereceram as informações de 1 milhão de pessoas por US$ 5 mil. Ressalte-se que eles teriam dados de 1,5 bilhão de clientes do Facebook e, portanto, poderiam fazer muito mais dinheiro.


Bolsa brasileira perde até para a Argentina

Depois de um setembro tenebroso, quando desabou 6,6%, o Ibovespa começou mal outubro. Ontem, caiu 2,2%, em um cenário de economia estagnada e inflação em alta. Não à toa, a bolsa brasileira registra, em 2021, o pior desempenho entre 26 países emergentes — sim, perdemos até da Argentina, segundo o índice MSCI Emerging Markets. Em um cenário tão negativo, surpreende a paciência do mercado financeiro com o fraco desempenho econômico do país. Resta saber até quando a tolerância vai durar.


“Não fiz nenhuma remessa para empresa em nenhum momento desde que cheguei ao governo”
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre os recursos que mantêm em offshore


4,8 bilhões de reais
foi quanto os investidores estrangeiros retiraram da Bolsa em setembro, na maior saída desde março. A instabilidade política é uma das razões para a debandada


Rapidinhas

» Os voos domésticos retomaram 80% dos níveis pré-pandemia, segundo levantamento do Ministério do Turismo. A expectativa era que a marca seria alcançada apenas em novembro, mas a forte demanda acelerou a recuperação. As viagens internacionais, porém, continuam em ritmo lento. Até agora, apenas 30% da demanda foi reativada.

» O nível de endividamento das famílias brasileiras chegou a 74% em setembro — é o patamar mais alto desde 2010, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio. Sem emprego e com a escalada inflacionária, a vida financeira piorou. O indicador leva em conta cheque pré-datado, cartão de crédito e cheque especial, entre outros produtos.

» Um estudo realizado pelo site de viagens Kayak constatou que as viagens curtas são a prioridade para os turistas nos próximos meses. Mais da metade de todas as buscas feitas no portal é para passeios de no máximo sete dias. Viagens longas, com duração de até um mês, interessam apenas a 6% dos usuários.

» A Porto Seguro comprou 74,6% da fintech catarinense Atar, especializada no segmento de infraestrutura bancária. Em janeiro, já havia adquirido o mesmo percentual da Segfy, empresa paranaense que oferece soluções e tecnologias para corretoras de seguros. Os valores dos negócios não foram revelados.

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