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De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o plano é voltar a operar com 50% da oferta regular do segmento nos próximos três meses

Amauri Segalla
postado em 12/10/2021 23:17


A vida de volta ao normal

Os dados são incontestáveis: menos mortes, queda das internações, taxas de transmissão mais baixas. Depois de longo sofrimento, a pandemia perdeu força em parte do país e a vida, enfim, começa a voltar à normalidade. Alguns dos setores mais atingidos pela crise respiram agora aliviados. Dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostram que, entre 30 de setembro e 6 de outubro, 806 mil pessoas viram filmes nas telonas. No mesmo período do ano passado, portanto no auge da pandemia, foram apenas 45 mil. Espera-se também a forte retomada dos shows presenciais, com diversos festivais de música já agendados até o final do ano em vários estados brasileiros. O mercado de eventos está esperançoso. De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o plano é voltar a operar com 50% da oferta regular do segmento nos próximos três meses. Nunca é demais lembrar: tudo isso só foi possível graças à campanha de vacinação.

Companhias aéreas retomam voos internacionais

As companhias aéreas brasileiras estão de volta ao mercado internacional. Nesta semana, a Gol anunciou a retomada de destinos como Montevidéu, no Uruguai; Cancún, no México; e Punta Cana, na República Dominicana. Na Latam, a oferta de assentos para voos internacionais já equivale a 25% do período pré-pandemia, mas a expectativa é chegar a 40% até o fim do ano. A Azul registrou em setembro o aumento de 54% da demanda por viagens para fora do Brasil. E isso, ressalte-se, com o dólar nas alturas.


Quase metade dos brasileiros acessa bancos digitais

Os bancos digitais avançam na indústria financeira do país. Segundo levantamento recente realizado pelo Instituto Locomotiva em parceria com a TecBan, dona da rede Banco24Horas, 42% dos brasileiros possuem contas bancárias digitais. O número surpreende. Significa que quase a metade da população realiza operações financeiras por meio dessas empresas. Desde o surgimento do pioneiro Nubank, em 2013, o Brasil contabiliza cerca de 800 plataformas digitais de serviços financeiros.


Fintech quer aproveitar avanço do agronegócio

O Brasil é o principal mercado de fintechs da América Latina e um dos que mais crescem no mundo. Nesta semana, foi lançada a plataforma BR Agro Bank, criada por um grupo de produtores rurais e empresários da região Centro-Oeste. A ideia do projeto é aproveitar o crescimento do agronegócio — que prevê safra recorde de grãos em 2021/2022 — e oferecer serviços como empréstimo e seguro rural. Segundo os fundadores da startup, a meta é chegar a um milhão de contas ativas no prazo máximo de dois anos.

“O Brasil é a maior fronteira de investimentos do mundo”

Paulo Guedes, ministro da Economia e eterno otimista, em entrevista para a CNN Internacional

1,3 milhão
é o número de funcionários da Amazon no mundo, ou quase a população inteira de uma cidade como Porto Alegre

Rapidinhas

A retomada de bares e restaurantes terá papel importante para a geração de empregos. Segundo estudo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 31% dos estabelecimentos do país pretendem contratar nos próximos três meses. Mesmo assim, a situação não é confortável. O estudo também identificou que 56% das empresas estão com pagamentos em atraso.


O empresário David Araújo, dono de uma rede de lanchonetes em São Paulo, explica a situação. “O movimento está bom, voltou com força, e provavelmente irei contratar”, diz. “O problema é que, por causa da pandemia, tenho dívidas com fornecedores. Não será fácil equilibrar as contas.”


A resistência dos funcionários para abrir mão do home office obrigou as empresas a flexibilizar regras. A Amazon vai deixar que as lideranças definam quantos dias os subordinados deverão passar no escritório por semana. Antes, a ideia era que todos os colaboradores voltassem à velha rotina a partir de 3 de janeiro.


No Brasil, o home office será adotado pela maioria das empresas, mas no formato híbrido. Segundo pesquisa da consultoria KPMG, 58% das companhias têm a intenção de manter o trabalho remoto duas ou três vezes por semana, enquanto 11% permitirão a jornada a distância todos os dias. Só 15% dos pesquisados não querem o home office de jeito algum.

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