Política Monetária

Bolsa fecha em queda de 0,05% e dólar cai 0,28%

Mercado está de olho na decisão do Copom e na situação fiscal do país

Em meio às expectativas do resultado sobre a direção que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai dar aos juros e ainda refletindo as expectativas dos investidores em relação à situação fiscal do país, o Ibovespa, índice que mede o desempenho das principais ações da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em queda de 0,05% aos 106.363 pontos. O dólar comercial também recuou 0,28%, cotado a R$ 5,553 na compra e R$ 5,554 na venda. O mercado aposta em alta de 1,50 ponto na Taxa Básica de Juros, para 7,75% ao ano.

Mas o ponto de equilíbrio dos juros pode oscilar, segundo Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. “Se vier 1,50 ponto, seria o cenário ideal. Mas se a decisão for, por exemplo, de 1,25 ponto, e estiver acompanhada de um comunicado bem duro e contundente de monitoramento de inflação, de olho na questão fiscal e de todos os riscos, o mercado entender. Se for um comunicado tranquilo, bem genérico, amanhã, o mercado vai abrir estressado e isso pode trazer uma pressão adicional na curva da juros. O comunicado vai ser bastante importante”, destaca Ribeiro.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, reforça que o evento do dia é a decisão de política monetária do Copom. “Na Ativa, nossa expectativa é de elevação de 1,5 ponto, embora as apostas para aumento de 1,75 ponto na meta da taxa Selic sejam predominantes”, explica. No Brasil, além do Copom, ainda predominam as incertezas sobre o andamento da PEC dos precatórios, após notícias de que a bancada do MDB na Câmara dos Deputados poderá obstruir a votação da PEC dos precatórios.

Nos Estados Unidos, os índices que vinham renovando máximas históricas quase que diariamente devolveram parte dos ganhos nesta quarta (27/10). O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou em queda pela primeira vez em quatro dias, recuando 0,74%. E a bolsa de tecnologia Nasdaq subiu 0,12%, sustentada pelos resultados positivos de empresas como Microsoft e Alphabet (dona do Google).

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