Mercado olha Congresso

Correio Braziliense
postado em 24/11/2021 00:01
 (crédito:  B3/Divulgação)
(crédito: B3/Divulgação)

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou o dia de ontem com alta de 1,50%, a 103.653 pontos, mas não foi embalada pelas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de acordo com analistas.

O economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, Eduardo Velho, disse que a sinalização do senador Fernando Bezerra (MDB-PE) de que está caminhando para um acordo com os parlamentares para a construção de um texto consensual para aprovar a PEC dos Precatórios, da qual ele é relator, contribuiu para o resutlado positivo de ontem na Bolsa. 

A alta do Índice Bovespa (IBovespa, principal indicador da B3, também foi influenciada pela valorização do petróleo, que mobilizou uma ação inédita dos Estados Unidos, da China e de outros países para conter a inflação da commodity. 

Na avaliação do analista, o mercado não tem dado muita atenção para as falas de Guedes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devido aos erros que ambos têm cometido na condução das políticas econômica e monetária. "O Congresso é que está dando os rumos da política econômica", destacou Velho.

Segundo ele, ao contrário dos especialistas em contas públicas que alertam para os riscos do endividamento de longo prazo, os agentes financeiros preferem a aprovação da PEC dos Precatórios que, embora seja ruim, evita uma condição pior no curto prazo para as contas públicas do que decreto de calamidade para o aumento de despesas."A sinalização de Bezerra de que o governo conseguirá um acordo para a PEC ajudou a melhorar o resultado da Bolsa", explicou Velho.

"A falta de definição na PEC dos Precatórios segue incomodando. Mas a fala do ministro Paulo Guedes não teve muita repercussão no desempenho dos mercados", destacou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. O dólar comercial fechou a R$ 5,60 para a venda, com alta de 0,27% sobre a véspera. (RH)

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