É fácil entender o que tem levado cada vez mais brasileiros a investir no exterior. Entre janeiro e outubro de 2021, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, caiu 13% na comparação com o mesmo período de 2020 — ano marcado, não custa lembrar, pela pandemia. Enquanto isso, o S&P 500, índice de referência do mercado acionário dos Estados Unidos, subiu 24,04%. Os opostos fazem pensar: não seria hora de comprar ativos brasileiros, já que eles estão baratos? Ou, na mesma linha, as ações americanas não estariam caras demais? Não há consenso sobre isso, mas a maioria dos especialistas diz que, sim, é importante diversificar e manter ao menos parte da carteira em moeda forte, algo entre 20% e 30% do total do patrimônio. Ou seja, em dólar. Nesses momentos, não custa lembrar uma máxima do americano Warren Buffett, o investidor de melhor desempenho de todos os tempos: nunca aposte contra os Estados Unidos.
Líderes não sabem como fazer a transformação digital
A nova obsessão do mundo corporativo é a transformação digital. Não há empresa grande ou pequena, ou setor, seja o agronegócio, seja a indústria, que não se preocupe com o tema. Uma pesquisa feita pelo Instituto FSB, a pedido da consultoria F5 Business Growth, com 401 empresários e CEOs de companhias brasileiras, constatou que 70% deles tratam o assunto como prioridade. O que chama a atenção é que apenas 37% dos líderes se consideram preparados para colocar a transformação digital em prática.
Exportações de alimentos industrializados
aceleram em 2021
Se o mercado interno patina, o jeito é olhar para fora do país. Entre janeiro e setembro de 2021, as exportações de alimentos industrializados somaram US$ 34 bilhões, valor 22,8% acima do verificado no mesmo período de 2020. Em volume, a expansão foi de 0,5%. As categorias de maior destaque foram carnes (US$ 15,4 bilhões e alta de 21,6%) e açúcar (US$ 6,8 bilhões e avanço de 13,8%). Os dados são da pesquisa conjuntural realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
Turismo caminha para alcançar os níveis pré-pandemia
O turismo está perto de recuperar os patamares observados antes da pandemia do novo coronavírus. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), 93% das empresas do setor vêm registrando aumento contínuo no faturamento. Além disso, 21% já ultrapassaram o movimento pré-covid. A continuar nesse ritmo, até o primeiro trimestre do ano que vem mais da metade das agências já estará operando a plena capacidade.
» As redes de atacarejo, formato de loja que une as duas formas de vendas (atacado e varejo), costumam ser beneficiadas por crises econômicas. Com menos dinheiro no bolso, as pessoas buscam alternativas mais baratas — é aí que os atacarejos entram. Em outubro, o movimento nessas lojas aumentou 7,51% em relação ao mesmo mês do ano passado.
» O combustível está caro, mas há margem para subir ainda mais. Segundo a corretora Ativa Investimentos, a Petrobras precisa aumentar o preço da gasolina em 6% para eliminar a defasagem entre o valor do combustível no país e sua cotação internacional. A Ativa, contudo, não acredita em novos reajustes no futuro próximo.
» A plataforma de videoconferências Zoom continua aproveitando as transformações trazidas pela pandemia. Com o home office, a empresa não para de crescer. No terceiro trimestre, suas receitas chegaram a US$ 1,05 bilhão, alta de 35% diante de igual período de 2020. Resta saber se, com a volta aos escritórios, o desempenho irá se manter.
» A Nike vai entrar no ramo dos videogames. A empresa assinou parceria com a Roblox, plataforma on-line com cerca de 40 milhões de usuários ativos. A ideia da fabricante de materiais esportivos é lançar um mundo virtual chamado Nikeland, que permitirá aos jogadores competir em vários minijogos.
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