Com ou sem crise econômica, a consolidação do setor de saúde segue em ritmo intenso. Depois de se associar, no início do ano, ao Grupo Notre Dame Intermédica, a Hapvida fechou, agora, a compra do Hospital Octaviano Neves, em Belo Horizonte, por R$ 134 milhões. Minas Gerais é uma das prioridades da empresa. Em 2021, incorporou também o Hospital Madrecor, de Uberlândia, por R$ 120 milhões. Poucas companhias do setor têm sido tão agressivas para expandir os negócios. Apenas em 2021, a Hapvida desembolsou cerca de R$ 1 bilhão em um total de cinco aquisições. A saúde é uma das áreas mais pulsantes da economia brasileira. Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o segmento movimentou R$ 7 bilhões em transações nos últimos dois anos. Para especialistas, a tendência é a integração de redes hospitalares, operadoras e laboratórios, além da digitalização, como os serviços de telemedicina.
Startups da área de saúde captaram R$ 1,5 bilhão em 2021
Poucas áreas são tão inovadoras quanto a saúde. Uso de robôs em cirurgias, sistemas de Inteligência Artificial para diagnósticos e atendimentos por telemedicina são algumas das novas fronteiras que têm revolucionado o setor. Não à toa, as healthtechs, como são chamadas as startups do ramo, receberam em 2021 R$ 1,5 bilhão em investimentos, o equivalente ao dobro do volume movimentado em 2020, conforme dados do hub de inovação Distrito. E, lembre-se, o ano ainda não acabou.
Operações no mercado de capitais caem em 2021
A deterioração do quadro econômico afetou as operações do mercado de capitais. Esperava-se que 2021 seria marcado pela quebra de recordes no setor, mas a crise não deixou que isso ocorresse. De janeiro a novembro de 2021, foram realizadas 62 ofertas primárias e secundárias de ações que movimentaram
R$ 107 bilhões — o montante representa uma queda de 9,1% na comparação com 2020. A dura realidade é que os investidores deixaram de confiar no Brasil, e isso se reflete em números como esses.
Metaverso vende terreno por
US$ 2,4 milhões
O mundo enlouqueceu? Nesta semana, um terreno no metaverso, o universo virtual que ganhou fama após o Facebook dizer que investirá na tecnologia, foi vendido por
US$ 2,4 milhões — é mais do que um apartamento de padrão médio em Nova York. A transação foi feita na Decentraland, um metaverso em que as pessoas se relacionam por meio de seus avatares. As empresas começaram a fazer transações neste ambiente. Terrenos em uma São Francisco virtual custam a partir de US$ 1,2 mil o
metro quadrado.
» Uma tendência ganha espaço no marketing: os influenciadores digitais. Em vez de humanos, as empresas apostam em robôs para difundir seus produtos. O caso mais famoso é do Superplastic, grupo de influenciadores virtuais americanos com milhões de seguidores que já fizeram parcerias com marcas consagradas, como
Coca-Cola e Gucci.
» O modelo de trabalho híbrido está se consolidando no universo corporativo. A Basf até criou um guia com dicas para os funcionários sobre como participar de encontros por videoconferência, que se tornaram a nova regra. O material traz informações como o momento para interagir ou o uso do chat para comentar falas.
» A cervejaria espanhola Estrella Galicia irá instalar uma fábrica em Araraquara (SP), com investimentos de R$ 2 bilhões. A unidade será a primeira da companhia no exterior e deve entrar em operação no fim de 2023, com expectativa de criar 400 empregos diretos. Segundo a empresa, o objetivo é ter 100% do portfólio produzido
no Brasil.
» As tecnologias de identidade digital avançam no Brasil. Nos próximos dias, tripulantes da Azul, Gol e Latam irão testar a biometria de reconhecimento facial no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. foram feitos testes bem-sucedidos com passageiros em Brasília e Belo Horizonte. O
projeto é da Serpro.
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