EMPREGO

Setor de serviços puxa aumento de contratações formais

De janeiro a outubro foram criados 2.645.974 novos empregos formais, decorrente de 17.209.495 admissões e de 14.563.521 desligamentos

Fernanda Strickland
postado em 01/12/2021 06:00
Em outubro, o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada recuou pelo sétimo mês consecutivo e passou de R$ 1.815,71, em setembro, para R$ 1.795,46 -  (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Em outubro, o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada recuou pelo sétimo mês consecutivo e passou de R$ 1.815,71, em setembro, para R$ 1.795,46 - (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

A economia brasileira criou 253.083 vagas de trabalho com carteira assinada em outubro. O setor de serviços foi destaque, pois abriu 144.641 postos formais, seguido pelo comércio, com 70.355 novas vagas. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.

O economista Benito Salomão, mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia, explicou que 253.083 é um número relevante para o país. "E o fato de esse número estar se concentrando em serviços indica que o avanço da vacinação e a reabertura do setor começaram a repercutir no emprego", disse.

Pelos dados do Caged, a indústria gerou 26.697 vagas, enquanto houve um saldo de 17.236 contratações na construção civil. Por outro lado, com o fechamento de 5.844 postos de trabalho, o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único com balanço negativo no mês passado.

De janeiro a outubro foram criados 2.645.974 novos empregos formais, decorrente de 17.209.495 admissões e de 14.563.521 desligamentos. Se as contratações aumentaram, a remuneração dos trabalhadores diminuiu. Em outubro, o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada recuou pelo sétimo mês consecutivo e passou de R$ 1.815,71, em setembro, para R$ 1.795,46.

Em evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), antes da divulgação dos números do Caged, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, previu que a criação de empregos formais deverá continuar crescendo nos próximos meses e bater recorde neste ano.

Revisão

O governo, porém, revisou os dados do ano passado. Segundo o Ministério do Trabalho, em 2020, o país perdeu 191.502 mil vagas formais, ao invés de ter criado 142.690, como foi divulgado no início deste ano. Na época, o ministro da Economia, Paulo Guedes, então responsável pela gestão do Caged, comemorou a notícia. "Em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, criamos 142 mil novos empregos", disse Guedes. O Ministério do Trabalho considerou normal a revisão dos dados estatísticos.

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