Investimentos em queda

Correio Braziliense
postado em 03/12/2021 00:01

Em meio à recessão técnica da economia, os investimentos tiveram queda pelo segundo trimestre consecutivo. Depois de cair 3% no período abril-julho, a formação bruta de capital fixo, que mede a compra de máquinas e equipamentos e a construção de fábricas e unidades produtivas, recuou 0,1% no terceiro trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de investimentos ficou em 19,4% do PIB, acima dos 16,6% registrados no mesmo período do ano passado, quando o país sentia mais intensamente os impactos da pandemia do novo coronavírus. O indicador, no entanto, está bem abaixo do patamar de 2013, ano em que alcançou quase 21%.

Com investimentos retraídos, fica mais difícil ao país retomar um nível consistente de crescimento econômico. Devido às incertezas políticas e econômicas por aqui, investidores têm visto o Brasil com desconfiança. O país já foi referência para estrangeiros quando o assunto é economia emergente com boas perspectivas de crescimento. Especialistas apontam, no entanto, que para 2022 a tendência é de que a entrada de capital fique em suspenso, já que investidores devem quer ter certeza de como será o novo governo, a partir de 2023, para tomar decisões a longo prazo.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também divulgou avaliações sobre os investimentos. De acordo com o Ipea, o Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), recuou 0,8% em setembro, com relação ao mês anterior.

Já em comparação com setembro de 2020, o indicador teve alta de 13,8%. O Ipea apontou que o consumo de máquinas e equipamentos avançou 0,9% em setembro e teve queda de 2,6% com relação ao trimestre anterior, com um recuo de 2,9% nas importações. A demanda por bens nacionais, no entanto, avançou 2%. (IM)

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