Brasília favorece avanço da digitalização

Correio Braziliense
postado em 03/12/2021 00:01

Em Brasília, existem características únicas que colaboram para a inovação. Há um mercado consumidor altamente qualificado, empresas, uma renda peculiar acima da média brasileira. Segundo o consultor de Inovação e Gamificação, Iuri Costa, Brasília tem muita gente criativa, tanto nas artes quanto na música. "Hoje eu participo de um grupo que tem mais de 60 empresas de educação e tecnologia. É um lugar que, muitas vezes, a gente nem imagina que tem isso", contou.

Para ele, a cidade de modo geral possui estabilidade financeira por conta do serviço público, mas é necessário gerar mais criatividade. "A gente acha que isso e alegria é só na Copa do Mundo e carnaval, e eu acho que nós somos mais que isso. Precisamos estar em unidade com um propósito específico", disse.

Na visão da decana Maria Emília Walter, é preciso ter colaboração entre os setores da sociedade, para que exista um mercado de tecnologia e inovação saudável e operante em Brasília. Ela destacou a importância de incentivos das autoridades, por meio de políticas públicas efetivas: "O governo precisa amparar, tanto os empresários, quanto às universidades. Por exemplo, disponibilizando bolsas, como faz o CNPq, que forma pessoas em nível de graduação ao mesmo tempo em que beneficia uma empresa."

Segundo a decana, existe uma falsa impressão de que inovação está relacionada apenas a cursos de tecnologia: "As pessoas têm impressão de que inovação está mais vinculada às engenharias, computação, ciência de dados, etc. Mas a inovação não é tecnologia, é uma mudança de processos, que pode vir pela tecnologia ou não."

De acordo com dados do Sinfor/DF, os principais segmentos de inovação na capital são, em primeiro lugar, educação e tecnologia (Edtechs), com 43,6% dos investimentos; em segundo, agrotecnologia (Agrotechs), com 4,9%. O setor financeiro e tecnologia (Fintechs) e os e-commerces vêm em terceiro, recebendo ambos 4,3%.

No DF, há 246 startups. Mas, em relação ao número de startups per capita, o maior salto ocorreu de 2020 para 2021, em que o Distrito Federal saiu da 11ª posição para a 7ª posição. Além disso, existem na região 42 espaços para coworking, uma aceleradora e seis incubadoras.

O DF é a primeira unidade federativa em qualidade da infraestrutura para inovação e a segunda unidade em densidade de startups no Brasil. Somente na cadeia produtiva da Indústria da Informação, o DF tem aproximadamente 3.700 empresas, das quais estima-se que cerca de 200 operem em residências.

No setor de tecnologia, durante a pandemia, foram abertas no Distrito Federal 2 mil empresas de informática, totalizando 11.341 negócios, sendo que 50% deles são de empresários individuais, segundo Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF). O setor emprega 29 mil pessoas, de acordo com os dados divulgados em fevereiro de 2021.

* Estagiários sob a supervisão
de Carlos Alexandre de Souza

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