O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o Senado Federal por bloquear propostas do governo na área tributária, como a reforma do Imposto de Renda. O texto encaminhado pelo governo previa a taxação de lucros e dividendos, além de elevar a faixa de isenção do IR, uma promessa feita na campanha eleitoral pelo presidente Jair Bolsonaro.
Durante entrevista coletiva realizada ontem para fazer um balanço das ações do ministério no ano, Guedes rebateu a imprensa quanto à "quebra de promessa" do Executivo em relação à reforma. "Nós mandamos uma proposta tributária ao Congresso, onde nós aumentamos a faixa de isenção. Será que o presidente da República não cumpriu a promessa, ou foi o Senado que não deixou? Ou o relator Ângelo Coronel (senador, PSD-BA) impediu (o presidente) de cumprir a sua promessa?", disse Guedes. O ministro lembrou que a matéria teve votação expressiva na Câmara dos Deputados, onde o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu 400 votos a favor do texto encaminhado pelo Executivo. "O Senado não deixa andar", completou.
Questionado sobre a possibilidade de correção da tabela do IR por meio de decreto de Bolsonaro, Guedes desconversou: "Temos um compromisso com as futuras gerações, que é desonerar os mais vulneráveis", disse.
Compromisso
Na última quarta-feira, após anunciar que a discussão da reforma tributária ficaria para 2022, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre, assumiu o compromisso de pautar a votação do texto na primeira reunião do colegiado no próximo ano, em fevereiro.
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