Os gastos com gás e energia elétrica, itens que sofreram fortes aumentos de preços nos últimos meses, comprometem metade ou mais da renda de 46% das famílias brasileiras. A conclusão é de uma pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria). De acordo com o levantamento, 10% das famílias mais pobres comprometem quase toda a renda familiar com essas despesas.
O Ipec ouviu 2.002 pessoas em todas as regiões do país entre 11 e 17 de novembro. De acordo com o levantamento, 40% dos brasileiros diminuíram ou deixaram de comprar roupas, sapatos e eletrodomésticos e 22% diminuíram a compra de alimentos básicos para pagar a fatura de energia. Outros 14% deixaram de pagar outras contas básicas, como as de água e gás encanado.
O aumento no preço do botijão de gás é o mais sentido pela população. Cerca de 52% das pessoas ouvidas disseram que o aumento do botijão foi o que mais pesou no bolso, ante 42% que apontaram a alta da energia elétrica. Segundo a pesquisa, um em cada 10 brasileiros passou a usar lenha para cozinhar, 6% passaram a usar carvão, e 4%, o fogão elétrico.
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