Greve de auditores

Fila virtual em Porto Seco de Foz do Iguaçu já ultrapassa 100 caminhões

Represamento de cargas é reflexo da mobilização de servidores da Receita Federal, que têm tornado processos mais lentos e ameaçado fazer greve pela regulamentação do bônus de eficiência

Israel Medeiros
postado em 11/01/2022 15:35 / atualizado em 11/01/2022 15:35
 (crédito: Foto: Receita Federal)
(crédito: Foto: Receita Federal)

Em meio a protestos e às entregas de cargos de auditores fiscais da Receita Federal, a fila virtual no Porto Seco em Foz do Iguaçu (PR) ultrapassou 100 caminhões nesta terça-feira (11/1). O local fica na fronteira com a Argentina e o Paraguai e é a maior Estação Aduaneira do Interior (EADI) da América Latina.

Servidores da Receita decidiram fazer uma “operação-padrão” e deixar os processos mais lentos para protestar contra a falta de regulação do chamado bônus de eficiência.

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), há cerca de 800 caminhões no pátio do Porto Seco, o que representa 80% da capacidade total do lugar.

No período da manhã desta terça-feira, entre 7h e 11h30, cerca de 95 caminhões de exportação deixaram o Porto Seco com cargas já desembaraçadas, mas apenas 15 cruzaram a fronteira no período.

A situação é ainda mais crítica do que na semana passada, quando, segundo o Sindifisco, o mesmo local tinha 450 caminhões no Porto Seco — 45% da capacidade — e a fila virtual estava praticamente zerada.

Não há qualquer indicativo de que o protesto dos auditores terá um fim em breve, já que o governo não agiu para tentar atender às demandas dos servidores da Receita ou de outras carreiras que ameaçam fazer paralisações e uma greve geral.

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