Peso maior para os mais pobres

Correio Braziliense
postado em 12/01/2022 00:01
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

A inflação dos mais pobres subiu mais do que a média no ano passado. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a alta de preços da cesta de consumo típica das famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, avançou 10,16% no ano passado, ante 10,06% do IPCA, a inflação oficial. Em dezembro, o indicador registrou alta de 0,73%, a mesma variação do IPCA.

A diferença pode ser explicada pelo maior peso que têm no INPC ítens como alimentos e energia elétrica. Segundo os dados do IBGE, os grupos de alimentação, de saúde e cuidados pessoais e de habitação responderam por grande parte do indicador, que é usado, por exemplo, para reajustar o salário mínimo e as aposentadorias. O grupo habitação inclui itens como tarifas de energia elétrica e gás de cozinha, que tiveram aumentos expressivos em 2021.

Em dezembro, esses três grupos foram responsáveis por 57% da variação do INPC, segundo o IBGE. Os produtos alimentícios, após a variação negativa registrada em novembro (-0,03%), tiveram alta de 0,76% no mês. Já os itens não alimentícios tiveram variação menor que a do mês anterior, passando de 1,11%, em novembro, para 0,72%, em dezembro.

No acumulado do ano, o grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 7,71%, representando, isoladamente, 1,86 ponto percentual do INPC de 2021. Já os grupos habitação e transportes, com elevação anual de 13,85% e de 19,29%, respectivamente, tiveram impactos de 2,43 e de 3,70 pontos percentuais no indicador. Ou seja, foram responsáveis por 60% da alta de 10,16% do ano passado.

Cidades

A capital com maior variação no INPC de dezembro foi Salvador, 1,18%. Curitiba registrou a menor variação mensal, de 0,29%, mas a maior elevação anual, de 12,84%, liderando o ranking das 16 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

Nove capitais tiveram alta do INPC acima de dois dígitos. Além de Curitiba, Vitória (11,44%), Porto Alegre (11,38%), Salvador (11,09%), Rio Branco (11,06%), Campo Grande (10,85%), Fortaleza (10,80%), São Paulo (10,19%) e Recife (10,18%).

Outras sete cidades pesquisadas registraram inflação abaixo de 10% em 2021. São elas: Brasília (9,83%), Aracaju (9,69%), Belo Horizonte (9,55%), Goiânia (9,48%), São Luís (9,38%), Rio de Janeiro (8,78%) e Belém (7,75%). (RH)

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags