Campanha salarial difícil para servidor

Fernanda Strickland
postado em 28/01/2022 00:01
 (crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)
(crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Lideranças do funcionalismo federal definiram, ontem, os novos passos do movimento em busca do reajuste salarial. A agenda foi decidida durante paralisação virtual, envolvendo servidores em trabalho remoto, organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Segundo Tiago Duarte, da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário e MPU (Fenajufe), em 2 de fevereiro os servidores farão um ato em Brasília para cobrar reuniões com os presidentes do Supremo Tribunal Federal e Câmara dos Deputados, além do ministro-chefe da Casa Civil, para discutir a reivindicação da categoria. De 7 a 11 de fevereiro, serão realizadas plenárias estaduais. De 15 a 24 de fevereiro, será feita a jornada de mobilização para uma eventual greve geral, que, caso não haja avanço no diálogo, começaria em 9 de março, por tempo indeterminado.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou que esta "será a campanha salarial mais difícil dos últimos 30 anos".

Ele destacou que a mobilização começou bem e que os atos do último dia 18, em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, foram fortes, embora o governo tenha minimizado as manifestações.

Restrições à greve

Rudinei alertou, contudo, que a continuidade do movimento exigirá avaliações precisas dos dirigentes sindicais, em função da conjuntura adversa que o país atravessa. Em especial, pontuou, em decorrência da "pandemia e o fato de os servidores públicos da saúde estarem à frente do combate à crise sanitária. Ou seja, na prática, não poderem fazer greve".

Ele lembrou que os servidores das instituições federais de ensino "estão às voltas com calendários escolares díspares, o que significa que uma greve poderá implicar perda do semestre para os estudantes". "E os servidores da assistência social nunca foram tão demandados, com 20 milhões de brasileiros passando fome, logo também não podem parar", completou.

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