Apoio e desconfiança

Correio Braziliense
postado em 28/01/2022 00:01

Professora da educação básica desde 2010, Angelina Dias diz que o reajuste do piso é uma necessidade. "Nós estávamos sem aumento há muito tempo. Nós, professores, somos a base para a formação de qualquer cidadão, portanto deveríamos ser bem pagos, ter uma ótima infraestrutura pedagógica e material e salubridade para professores e alunos", afirmou. "Temos que ser profissionais bem pagos para estarmos bem amparados para desenvolver o melhor trabalho do mundo, porém temos o contrário na maioria das vezes", completou.

Para a diretora do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS), Cecília Farias, porém, o aumento anunciado pelo presidente da República não anula as ações negativas do governo em relação à categoria. "O reajuste do Piso Nacional do Magistério não acaba com a grande dívida que os governos têm com os professores no Brasil", disse. "No momento da propaganda eleitoral, existe uma unanimidade nas promessas dos candidatos de reversão desse quadro, mas, depois que assumem, o compromisso é esquecido", lamentou.

"O trabalho docente, que deveria ser remunerado de forma digna, como acontece em diversos países desenvolvidos, não é reconhecido no nosso país, por isso o imenso desinteresse da juventude pelo magistério", aponta Cecília Farias.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) apontou que o reajuste salarial dos professores não é uma bondade do presidente, pois ele cumpre o que determina a lei do piso no tocante ao percentual de reajuste. Na prática, Bolsonaro seguirá a regra antiga de reajuste do piso salarial dos professores da educação básica, definida em 2008, que leva em conta a legislação do antigo Fundeb, alterada em 2020 pelo Congresso. (IS e MEA)

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags