Comércio

IBGE: varejo cresce 0,6 em novembro com efeito menor da Black Friday

No ano, comércio varejista acumula alta de 1,9%; nos últimos 12 meses, registra crescimento de 1,9%

O volume de vendas do comércio varejista no país cresceu 0,6% em novembro de 2021, subindo 0,2% na comparação com o mês anterior. Mesmo com o avanço, mais da metade das atividades apresentou resultado negativo no período. No ano, o varejo acumula alta de 1,9%; nos últimos 12 meses, registra crescimento de 1,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (14/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em novembro. Mesmo assim, o varejo avançou sendo puxado, principalmente, pelo crescimento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). Também avançaram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).

Já o volume de vendas de móveis e eletrodomésticos recuou 2,3%, assim como tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%). Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação variou -0,1%, o que indica estabilidade.

O gerente da Pesquisa, Cristiano Santos, diz que a última edição da Black Friday foi muito menos intensa, em termos de volume de vendas, do que a de 2020, quando esse período de promoções foi melhor, sobretudo para as maiores cadeias do varejo. “Isso se deve, em parte, pela inflação, mas também por uma mudança no perfil de consumo. Algumas compras foram realizadas em outubro ou até mesmo no primeiro semestre, quando houve maior disponibilidade de crédito e o fenômeno dos descontos. Isso adiantou de certa forma a Black Friday para algumas cadeias”, explica.

Taxas negativas

O comércio varejista recuou 4,2% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2020. Sete das oito atividades investigadas tiveram taxas negativas, com destaque para móveis e eletrodomésticos (-21,5%), combustíveis e lubrificantes (-7,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-4,4%).

Os outros segmentos que tiveram queda na comparação com novembro de 2020 foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%), e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,4%).

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