CORREIO TALKS

Correio promove debate sobre alimentação sustentável

Evento vai reunir autoridades e especialistas nesta quarta-feira (9/2) para as discussões e poderá ser acompanhado pelas redes sociais

Maria Eduarda Angeli*
postado em 08/02/2022 17:43 / atualizado em 08/02/2022 17:45
 (crédito: Kelly Venâncio/Marketing CB)
(crédito: Kelly Venâncio/Marketing CB)

A sustentabilidade pode ser definida como um conjunto de ações que objetivam suprir as necessidades humanas prezando pela saúde do meio-ambiente, criando, assim, um cenário mais favorável às próximas gerações. A partir desse conceito, o Correio Talks desta quarta-feira (9/2) vai discutir o tema "Sistemas Alimentares e Desenvolvimento Sustentável", a partir das 15h30. O debate pode ser acompanhado pelas redes sociais do Correio e se faz ainda mais importante em razão do agravamento da fome mundial durante a pandemia, apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Embora hábitos sustentáveis sejam mais comumente associados à economia de água e energia e reciclagem, a forma de comer também desempenha um papel significativo porque impacta na saúde individual, além de propiciar um quadro de alimentos nutritivos e suficientes para a população do planeta.

O relatório intitulado "O Estado da Insegurança Alimentar e Nutrição no Mundo (Sofi)", de 2021, aponta que cerca de 811 milhões de pessoas estavam subalimentadas. Documento alerta para uma conjuntura atual “crítica” e é resultado de uma iniciativa combinada da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A situação alimentar global vem piorando desde a década passada. Em 2020, ano de início da explosão de casos da covid-19, as crianças foram as mais afetadas.

Produção

Para que um alimento seja considerado sustentável, é importante que todas as etapas que o envolvem — desde a produção até a distribuição — busquem amenizar os impactos negativos ao meio-ambiente.

Carnes e derivados de animais, por exemplo, são grandes emissores de gases de efeito estufa — quase no mesmo nível de alguns setores de transporte, conforme afirma a ONU. Só as cabeças de gado brasileiras, que contribuem para que o país seja um dos gigantes do agro, emitem 71,85% do metano em território nacional, de acordo com dados do Sistema de Estimativa de Emissões de Remoções de Gases de Efeito Estufa.

Áreas desmatadas e uso pouco otimizado de água e energia nos campos, embora estejam sendo transformadas pelas tecnologias 4.0, seguem sendo pontos a serem considerados para a alimentação sustentável.

Participam do Correio Talks, amanhã, a professora da Universidade de Brasília (UnB) membro da Academia Brasileira de Ciências, Mercedes Bustamante, os deputados federais Rodrigo Agostinho (PSB-SP) e Marcelo Ramos (PSD-AM), a coordenadora do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Janine Giuberti, e Fábio Gomes, da Organização Panamericana da Saúde (Opas). 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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