O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deixou claro, ontem, que considera ser candidato à Presidência, mesmo depois de o PSDB ter escolhido o governador de São Paulo, João Doria, para concorrer ao Planalto. Com convite para deixar o ninho tucano e se filiar ao PSD de Gilberto Kassab, afirmou, em reunião na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, que tem "disposição" de apresentar um projeto alternativo para o país.
No encontro, Leite falou em "passar o bastão" no estado e indicou que deve renunciar em março. Chegou até que, se passar um cavalo encilhado não é fácil, "passar dois não dá para desprezar" — em referência à candidatura ao Planalto.
Em tom de pré-campanha, apresentou aos empresários os resultados do governo e defendeu o equilíbrio fiscal. Aproveitou, ainda, para alfinetar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto. "Fiquem sempre atentos às medidas populistas, demagógicas", pediu.
O governador se disse "vocacionado" para a vida pública. "Se for algo consistente, e que a gente tenha apoio para isso, tenho coragem, vontade e disposição de poder apresentar algum caminho alternativo", assegurou.
Leite confirmou que tem mantido conversas sobre a candidatura à Presidência com Kassab. Por causa disso, na última segunda-feira os dois se reuniram em São Paulo.
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