Brasil e Irã firmaram acordos na área agrícola para diversificar a pauta comercial entre os dois países, após encontro entre a ministra da pasta brasileira, Tereza Cristina e o ministro iraniano, Seyed Javad Sadatinejad, ontem, em Teerã.
A relação terá o foco em enviar commodities agrícolas e material genético do Brasil para o Irã e, em troca, receber do país que compõe o Oriente Médio produtos agrícolas e fertilizantes, em especial a ureia iraniana, utilizada na fabricação de fertilizantes. A expectativa do governo brasileiro é triplicar a exportação de ureia do Irã para o Brasil. Outros produtos que a ministra acredita ter alto potencial comercial no Brasil são: frutas secas, pistache, trigo e açafrão pelo lado iraniano; e algodão, arroz e açúcar pelo brasileiro.
Os dois países firmaram um acordo de intenções para o comércio compensado — tipo de relação comercial em que é realizada a troca de insumos pela produção, ou seja, o distribuidor libera os produtos como forma de pagamento a prazo. O acordo envolve 400 mil toneladas de ureia pelo equivalente em milho e soja, por meio de comércio de troca. A pratica é conhecida como escambo e foi usada pelo governo Getúlio Vargas nas relações comerciais com a Alemanha nazista.
Além dessas negociações, as autoridades também se comprometeram em apoiar atração de investimentos, joint ventures e a implementação de projetos agrícolas de empresas em ambos os países. Foi previsto, ainda, o compartilhamento e intercâmbio de experiências em conhecimento, realizações científicas e tecnológicas entre eles.
"Precisamos nos conhecer mais, que os empresários iranianos vão ao Brasil para apresentar seus produtos, especialmente em feiras agrícolas. Fico muito feliz em saber desse potencial. Isso é muito importante para a agricultura brasileira", declarou Tereza Cristina.
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