FUNCIONALISMO

Paralisação dos servidores do BC foi um sucesso, aponta Faiad

Segundo o presidente nacional do Sinal, o ato teve cerca de 60% de adesão dos servidores

Fernanda Strickland
postado em 24/02/2022 21:00
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Após a confirmação em assembleia, com mais de 90% dos votos válidos, a paralisação realizada pelos servidores do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), nesta quinta-feira (24/2), de 14 às 18h, foi um sucesso, diz Fábio Faid, presidente do Sindicato. Segundo ele, o ato teve cerca de 60% de adesão dos servidores.

Segundo o sindicato, a Lei da Autonomia do BC está fazendo um ano de existência, mas sem ter trazido a valorização e a autonomia dos servidores da Casa. “Conseguimos acertar uma nova conversa com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, depois do Carnaval, entre 7 e 11/3 — data e hora a serem agendadas”.

O sindicato acredita que a referida reunião com o Campos Neto não trará ainda uma proposta oficial do Governo Federal. “Já estamos trabalhando em uma nova paralisação parcial em 10/3, de 14 às 18h”, declarou.

Para Faiad, o gargalo das negociações não está no BC, mas sim no governo. “As recentes declarações do presidente Bolsonaro, pedindo ‘compreensão’ aos servidores que não são da segurança, sugerem que o reajuste será dado somente para os policiais federais, excluindo os servidores do BC.”

Na nova paralisação no BC de 10/3, os servidores querem adesão de no mínimo 70% dos servidores e no mínimo 70% de adesão à listas de entrega e de não-assunção das comissões — alguns serviços poderão ser interrompidos ou atrasados, mas não podemos dizer ainda quais, pois isso atrapalha a organização do movimento.

O objetivo da mobilização, é o reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC, bem como a Reestruturação de Carreira de Analistas e Técnicos do BC — demandas sem impacto financeiro. “Esperamos uma resposta concreta do Governo até o dia 16/3. Caso contrário, passaremos a debater a proposta de greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de março de 2022, com a entrega das comissões na mesma data”.

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