Sachsida festeja a "recuperação em V"

Correio Braziliense
postado em 05/03/2022 00:01
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

O secretário especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse, ontem, que, apesar de choques negativos de oferta, alguns dos quais característicos do Brasil, o país conseguiu crescer mais de 4,5% em 2021, acima das medianas do mercado. Ele afirmou que o resultado demonstra que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estava correto ao frisar que a retomada econômica seria em "V".

"Os dados mostram o acerto da política econômica durante a pandemia", observou. Sachida destacou, também, que taxas de poupança e de investimento retornam para valores pré 2015/16.

Em linha com o discurso de Guedes e de outros membros da equipe econômica, o secretário defendeu que o mercado deve reestimar "consistentemente" para cima projeção para Produto Interno Bruto de 2022 ao longo deste ano. Segundo ele, o fato de o PIB brasileiro ter ficado acima das medianas em 2021 é uma lição que "muitas das estimativas feitas no começo do ano, quando olhamos no final, há surpresas positivas".

Sachsida afirmou que o Brasil acertou ao encerrar os programas emergenciais em dezembro de 2020, que só voltaram em abril de 2021 com o recrudescimento da pandemia. "A política econômica deu prova de credibilidade ao encerrar programas emergenciais. Credibilidade você não ganha, você conquista, e nós conquistamos", disse.

Guerra

O secretário afirmou que, apesar de o cenário internacional estar adverso com a guerra de Ucrânia e Rússia, o Brasil deve mostrar que é seguro, principalmente com investimento externo saindo de alguns países. Sachsida defendeu que o país, por meio das ações tomadas pelo governo federal para a crise no Leste Europeu, atrairá mais investimentos em 2022.

Ele voltou a defender que os novos marcos legais melhoram segurança para investimentos. Para o secretário, o Brasil precisa melhorar o mercado de capitais e o de crédito, principalmente por meio da aprovação de algumas medidas no Congresso, para continuar recebendo investimentos em meio à crise internacional. Citou o PL de debêntures, o Marco de Garantias, a privatização dos Correios e da Eletrobras — aguardando aval do Tribunal de Contas da União.

"Em momentos de turbulência internacional, investidores procuram porto seguro. Somos um mercado onde investimento privado é bem acolhido", observou.

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