O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, pretende fazer com que a instituição se inspire na experiência de microcrédito de Bangladesh para aumentar a disponibilidade de empréstimos para pequenos empreendedores e pessoas de renda mais baixa. Por causa disso, em visita ao país asiático conheceu a estrutura e o formato de algumas bancos que atuam nessa modalidade a fim de adaptá-las à realidade brasileira e importar algumas ideias.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de empreendedores que conseguem acesso à crédito das instituições bancárias cresceu 28% com a pandemia da covid-19. Mas, ainda assim, pedro acredita que há espaço para avançar na concessão de recursos.
Segundo o presidente da Caixa, Bangladesh continua sendo uma referência mundial quando o assunto é o microcrédito — modalidade que começou a ser desenvolvida no país há quase 50 anos e que foi responsável por mitigação de parte da pobreza, ao estimular pequenos empreendimentos. Com base nessa experiência, Pedro acredita que é possível implantar iniciativas voltadas para os setores de agronegócio, comércio, microfinanças e infraestrutura.
"Queremos estreitar a relação entre o Brasil e Bangladesh. Acho que a relação pode ser muito maior e muito mais ativa", comentou Pedro, que chefiou uma comitiva de executivos da Caixa e esteve acompanhado do embaixador brasileiro naquele país, João Tabajara de Oliveira Junior.
O Brasil, porém, tem vários programas voltados aos pequenos tomadores de recursos. Um dos principais do governo federal é o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), instituído pelo Ministério do Trabalho.
"Estamos fazendo o que vocês (Bangladesh) estão fazendo pelos últimos 50 anos. Nós também estamos fazendo microinvestimentos de crédito. Então, é importante trocarmos informações", reforçou o presidente da Caixa, que visitou instituições como o Instituto de Pesquisa do Arroz de Bangladesh (BRRI), o Bangladesh Instituto de Pesquisa Agropecuária (Bari), o Banco Central de Bangladeh, o Ministério das Finanças, o Grameen Bank e a Bangladesh Rural Advancement Committee (Brac), uma organização não-governamental multidisciplinar.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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