TRABALHO

Renda média do trabalhador cai quase 10% em um ano, diz IBGE

Brasileiro ganhou em média R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro de 2022, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta sexta-feira (18/3)

Michelle Portela
postado em 18/03/2022 12:58 / atualizado em 18/03/2022 12:58
 (crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)

A renda média do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro de 2022, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta sexta-feira (18/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor apurado pela pesquisa representa queda de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em outubro e de 9,7% frente ao trimestre finalizado em janeiro de 2021.

Nenhuma categoria apresentou alta no rendimento. Na indústria, houve queda de 4,1%, mesmo com alta na ocupação com empregos com carteira. “A retração dos rendimentos, que costuma ser associada ao trabalhador informal, esteve disseminada para outras formas de inserção e não apenas às relacionadas à informalidade”, explica Beringuy.

“Embora haja expansão da ocupação e mais pessoas trabalhando, isso não está se revertendo em crescimento do rendimento dos trabalhadores em geral”, conclui. Também houve diminuição no setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: queda de 2,1%, ou menos R$ 76. 

A população desalentada, isto é, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, ficou em 4,8 milhões de pessoas, redução de 6,3% (menos 322 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 18,7% (menos 1,1 milhão de pessoas) na comparação anual.

Empregos com carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo-se trabalhadores domésticos) ficou em 34,6 milhões de pessoas, 2% a mais (681 mil pessoas) que outubro e 9,3% acima (2,9 milhões de pessoas) de janeiro de 2021.

No que diz respeito à informalidade, janeiro registrou 38,5 milhões de trabalhadores informais (40,4% da população ocupada), taxa menor que a do trimestre anterior (40,7%) e maior que a do mesmo período do ano passado (39,2%). 

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