Conjuntura

Arrecadação da Receita cresce 5,27%, somando R$ 148,6 bilhões

Nos dois primeiros meses do ano, o crescimento real da arrecadação foi de 12,92%, a 383,986 bilhões, também com o desempenho mais forte para o período na série

Michelle Portela
postado em 28/03/2022 16:03 / atualizado em 28/03/2022 16:03
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A arrecadação total das Receitas Federais atingiu, em fevereiro de 2022, o valor de R$ 148.664 bilhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 5,27% em relação a fevereiro de 2021, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal do Brasil nesta segunda-feira (28/3).

O resultado de fevereiro foi o maior para o mês da série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995, puxado por ganhos do governo com royalties de petróleo em meio à alta nos preços do barril durante a guerra entre Ucrânia e Rússia.  

Nos dois primeiros meses do ano, o crescimento real da arrecadação foi de 12,92%, a 383,986 bilhões, também com o desempenho mais forte para o período na série. Nesse caso, a Receita apontou se tratar do melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de fevereiro quanto para o
bimestre.

Entre as Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado, em fevereiro de 2022, foi de R$ 142.594 bilhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 3,45%. O acréscimo observado no período pode ser explicado, principalmente, pelos recolhimentos, principalmente do ajuste de IRPJ e CSLL.

Destaques

Entre os destaques para o aumento da arrecadação está o Imposto sobre Operações Financeiras, que arrecadou R$ 4.539 bilhões, com crescimento de 26,28% (IPCA), somente em fevereiro.

O imposto sobre a renda retido na fonte (IRRF - Rendimentos de Capital) apresentou, em fevereiro de 2022, uma arrecadação de R$ 5.014 bilhões, resultando crescimento real de 57,77% em relação a fevereiro de 2021. Tal desempenho é explicado, principalmente, pelos acréscimos nominais de 206,90% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa”, de 180,46% na arrecadação do item “Aplicação
de Renda Fixa (PF e PJ)”.

O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido totalizaram uma arrecadação de R$ 110.219 bilhões, com crescimento real de 22,36%. Esse desempenho é explicado, basicamente, pelo crescimento de 110,92% na declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL.

A arrecadação da Cofins e do PIS, em conjunto, foi de R$ 32.002 bilhões, o que representa um crescimento corrigido pelo IPCA de 6,68%. O resultado decorreu do crescimento de 9,50% no volume de serviços (PMS-IBGE) combinado com a retração de 1,50% no volume de vendas (PMC-IBGE), comparando-se os fatos geradores de janeiro de 2022 com a relação a janeiro de 2021. Contribuiu para o resultado o decréscimo de 39,61% no valor das compensações tributárias sobre o período anterior.

O PIS/Pasep e a Cofins apresentaram, no conjunto, uma arrecadação de 68.450 bilhões, representando crescimento real de 7,69%. Esse resultado se deve ao acréscimo de 8,92% (IPCA) na arrecadação do PIS/Cofins sobre as importações, ao desempenho das vendas de bens e serviços, assim como à redução de 35,92% no montante das compensações tributárias.

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