Depois de um 2021 tenebroso, o Ibovespa, principal índice da B3, a bolsa brasileira, parece ter virado a página da crise em 2022. No mês, acumula ganhos de 6%. No trimestre, o saldo positivo é de 15%, número que coloca o mercado acionário do país entre os de melhor desempenho do mundo. Até agora, os resultados favoráveis foram puxados pelos preços das commodities, que alcançaram os patamares mais elevados em muito tempo. É interessante notar que nem a guerra na Ucrânia ou a crise econômica interna — os juros e a inflação, lembre-se, continuam a sua escalada — foram suficientes para aplacar o ânimo dos investidores. Nem tudo, contudo, vai bem. Muitas empresas continuam desconfiando dos rumos do país e preferem esperar a eleição para se expor no mercado. Desde o início do ano, 22 aberturas de capital foram canceladas, um recorde para o período. Segundo analistas, deverá ser assim no ano inteiro.
Vale desembolsa R$ 3 bilhões em indenizações
Cerca de 3 mil pessoas firmaram acordos de indenização individual com a Vale em Barão de Cocais, Ouro Preto, Nova Lima e Itabirito, municípios que tiveram comunidades evacuadas em decorrência do aumento do nível de emergência de barragens em Minas Gerais. Os valores pagos superam R$ 570 milhões. Se forem considerados os impactos provocados pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho, a Vale já fechou acordos de indenização com 13 mil pessoas. Juntos, os acordam totalizam mais de R$ 3 bilhões.
Codesa é arrematada
em leilão por
R$ 106 milhões
A privatização do setor portuário começa a se tornar realidade. Ontem, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), responsável pela administração dos portos de Vitória e de Barra do Riacho, foi arrematada pelo fundo de investimentos Shelf 119 Multiestratégia, da gestora Quadra Capital. O lance vencedor totalizou R$ 106 milhões e o contrato de concessão é por 35 anos, prorrogáveis por mais cinco. Agora, o próximo passo é a venda de outros portos públicos, como o de Santos (SP) e Itajaí (SC).
Bons resultados animam Citi
a investir mais no Brasil
O banco americano Citi estabeleceu uma meta ousada para as operações no mercado brasileiro: crescer 50% nos próximos três anos. O projeto, claro, é ótimo para o país, já que exigirá um novo ciclo de investimentos e de contratações. Por exemplo: os atuais 1,9 mil funcionários passarão a ser 2,2 mil. Os bons resultados obtidos por aqui incentivaram o Citi a definir a nova estratégia. Em 2021, o banco teve lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no Brasil, um crescimento de 36% sobre 2020.
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