Combustíveis

Fundo para combustíveis é caro e ineficiente, diz secretário do Tesouro

Secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, criticou a criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis. Proposta é defendida pelo novo presidente da Petrobras, Adriano Pires

“Uma medida cara e ineficiente”. Foi assim que o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, definiu a proposta de criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis. Projeto é defendido pelo novo presidente da Petrobras, Adriano Pires.

Em suas últimas declarações públicas, Pires defendeu a utilização de dividendos da estatal para capitalizar o fundo e, dessa forma, evitar repasses de preço ao consumidor nos momentos de forte alta da cotação do petróleo.

O ex-executivo da Agência Nacional de Petróleo foi indicado para a presidência da Petrobras pelo governo Jair Bolsonaro. O presidente andava insatisfeito com a condução da estatal pelo general Joaquim Silva e Luna, demitido no início desta semana. Se a indicação for confirmada em assembleia de acionistas, Pires assume a presidência da estatal em 13 de abril.

"A visão do Ministério da Economia, o ministro [Paulo Guedes] já expôs várias vezes, são duas: primeiro a gente acredita que, para resolver problema do combustível as medidas têm que ser mais focalizadas, e o fundo, na nossa visão, é caro e ineficiente", declarou Valle.

Saiba Mais



O secretário do Tesouro avaliou também ser importante "dar tempo ao tempo" ao comentar o tema dos combustíveis. "As primeiras medidas já foram adotadas [redução de tributo sobre diesel e alíquota em reais para ICMS]. Essas já devem trazer impacto positivo, ver o impacto disso de acordo com essa guerra, que pode melhorar. Esperamos que melhore", disse.

Valle afirmou ainda que como as tensões na Ucrânia têm diminuído nos últimos dias, a expectativa é de que os mercados respondam positivamente ao novo cenário, podendo ter um impacto positivo no preço do petróleo e, consequentemente, no da gasolina.